ATA DA CENTÉSIMA QUARTA SESSÃO ORDINÁRIA DA QUARTA
SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUINTA LEGISLATURA, EM 24-10-2012.
Aos vinte e quatro dias do
mês de outubro do ano de dois mil e doze, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha
do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas
e quinze minutos, foi realizada a segunda chamada, respondida pelos vereadores Adeli Sell,
Bernardino Vendruscolo, Beto Moesch, Carlos Todeschini, DJ Cassiá, Elias Vidal,
Engenheiro Comassetto, Fernanda Melchionna, João Antonio Dib, Kevin Krieger,
Mauro Pinheiro, Mauro Zacher, Nelcir Tessaro, Paulinho Rubem Berta, Professor
Garcia, Tarciso Flecha Negra e Valter Nagelstein. Constatada a existência de quórum, o
senhor Presidente declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão,
compareceram os vereadores Alceu Brasinha, Dr. Goulart, Dr. Thiago Duarte,
Elói Guimarães, Haroldo de Souza, Idenir Cecchim, João Carlos Nedel, José
Freitas, Luciano Marcantônio, Luiz Braz, Márcio Bins Ely, Maria Celeste, Mario
Manfro, Pedro Ruas, Sofia Cavedon, Toni Proença e Waldir Canal. À MESA, foram encaminhados: o Projeto de
Lei do Legislativo nº 100/12 (Processo nº 1354/12), de autoria do vereador
Adeli Sell; e o Projeto de Lei do Legislativo nº 143/12 (Processo nº 1865/12),
de autoria do vereador Márcio Bins Ely. Também, foi apregoada a Emenda nº 01,
de autoria do vereador Tarciso Flecha Negra, Líder da Bancada do PSD, ao
Projeto de Lei do Legislativo nº 030/12 (Processo nº 0476/12). Do EXPEDIENTE,
constaram Ofícios do Fundo Nacional de Saúde do Ministério da Saúde, emitidos
no dia vinte e quatro de setembro do corrente. Durante a Sessão, deixaram de
ser votadas as Atas da Octogésima Nona, Nonagésima e Nonagésima Primeira
Sessões Ordinárias e da Décima Oitava Sessão Extraordinária. Após, foi
rejeitado Requerimento verbal formulado pelo vereador João Antonio Dib,
solicitando alteração na ordem dos trabalhos da presente Sessão, por nove votos
SIM e dez votos NÃO, em votação nominal solicitada pelo vereador Engenheiro
Comassetto, tendo votado Sim os vereadores Beto Moesch, DJ Cassiá, João Antonio Dib,
José Freitas, Kevin Krieger, Márcio Bins Ely, Paulinho Rubem Berta, Professor
Garcia e Valter Nagelstein e Não os vereadores Adeli Sell, Bernardino
Vendruscolo, Carlos Todeschini, Elias Vidal, Engenheiro Comassetto, Mauro
Pinheiro, Nelcir Tessaro, Sofia Cavedon, Tarciso Flecha Negra e Toni Proença. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciaram-se
os vereadores João Antonio Dib, Sofia Cavedon, João Antonio Dib, Adeli Sell,
Fernanda Melchionna, Dr. Thiago Duarte, Idenir Cecchim e Elói Guimarães. Às
quinze horas e seis minutos, constatada a existência de quórum, foi iniciada a
ORDEM DO DIA. Em
Discussão Geral e Votação, esteve o Projeto de Lei do Legislativo nº 236/11
(Processo nº 4043/11), o qual, a Requerimento verbal formulado pelo vereador
João Antonio Dib, aprovado, foi retirado da priorização para a Ordem do Dia da
presente Sessão. Em Discussão Geral e Votação, foi rejeitado o Projeto de Lei
Complementar do Legislativo nº 010/12 (Processo nº 0547/12), por nove votos
SIM, quatorze votos NÃO e uma ABSTENÇÃO, após ser discutido pelos vereadores
Bernardino Vendruscolo, Carlos Todeschini e João Antonio Dib e pelas vereadoras
Sofia Cavedon e Fernanda Melchionna e encaminhado à votação pelo vereador
Engenheiro Comassetto, em votação nominal solicitada pelo vereador Tarciso
Flecha Negra, tendo votado Sim os vereadores Bernardino Vendruscolo, Carlos
Todeschini, Engenheiro Comassetto, Fernanda Melchionna, Maria Celeste, Pedro
Ruas, Sofia Cavedon, Tarciso Flecha Negra e Toni Proença, votado Não os
vereadores DJ Cassiá, Dr. Goulart, Dr. Thiago Duarte, Elói Guimarães, João
Antonio Dib, João Carlos Nedel, José Freitas, Kevin Krieger, Luciano
Marcantônio, Mario Manfro, Mauro Zacher, Professor Garcia, Valter Nagelstein e
Waldir Canal e optado pela Abstenção o vereador Alceu Brasinha. Durante a
apreciação do Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 010/12, o vereador
Tarciso Flecha Negra cedeu seu tempo de discussão ao vereador Bernardino
Vendruscolo. Em Discussão Geral e Votação, esteve o Projeto de Lei do
Legislativo nº 031/12 (Processo nº 0485/12), o qual, a Requerimento verbal
formulado pelo vereador Tarciso Flecha Negra, aprovado, foi retirado da
priorização para a Ordem do Dia da presente Sessão. Em Discussão Geral e
Votação, esteve o Projeto de Lei do Legislativo nº 055/12 (Processo nº
0650/12), o qual, após ser encaminhado à votação pelo vereador João Antonio
Dib, teve adiada sua votação por uma Sessão, a Requerimento, aprovado, de
autoria do vereador Carlos Todeschini. Após, foi aprovado Requerimento verbal
formulado pela vereadora Sofia Cavedon, solicitando alteração na ordem de
apreciação da matéria constante da Ordem do Dia. Em Discussão Geral e Votação,
foi aprovado o Projeto de Resolução nº 034/12 (Processo nº 1391/12). Às quinze horas e cinquenta e nove
minutos, o senhor Presidente declarou encerrada a Ordem do Dia. Em PAUTA
ESPECIAL, Discussão Preliminar, 2ª Sessão, esteve o Projeto de Lei do Executivo
nº 043/12, discutido pelos vereadores Engenheiro Comassetto, Professor Garcia,
Sofia Cavedon, Carlos Todeschini e João Antonio Dib. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER,
pronunciou-se o vereador Bernardino Vendruscolo. Em PAUTA, Discussão
Preliminar, estiveram: em 1ª Sessão, os Projetos de Lei do Executivo nos
038 e 041/12 e o Projeto de Resolução nº 040/12, discutido pelo vereador Carlos
Todeschini; em 2ª Sessão, o Projeto de Lei do Legislativo nº 109/12. Durante a
Sessão, os vereadores Bernardino Vendruscolo e João Antonio Dib manifestaram-se
acerca de assuntos diversos. Também, foram registradas as presenças, neste
Plenário, dos senhores João Bosco Vaz, Secretário
Municipal Extraordinário para a Copa 2014; Jacques Machado, ex-vereador deste
Legislativo; Cleiton Silvestre Munhoz de Freitas, eleito vereador em Porto Alegre para a
próxima Legislatura; e Marcio Souza, vereador da Câmara Municipal de Gravataí –
RS. Às
dezesseis horas e cinquenta e nove minutos, a senhora Presidenta declarou
encerrados os trabalhos, convocando os senhores vereadores para a Sessão
Ordinária de amanhã, à hora
regimental. Os trabalhos foram presididos pelos vereadores Mauro Zacher,
Fernanda Melchionna e Carlos Todeschini e secretariados pelo vereador Carlos
Todeschini. Do que foi lavrada a presente Ata, que, após distribuída e aprovada,
será assinada pelos senhores 1º Secretário e Presidente.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Zacher): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para um
Requerimento.
O
SR. JOÃO ANTONIO DIB (Requerimento): Sr. Presidente, em nome
da Comissão de Economia, Finanças, Orçamento e do Mercosul, solicito a inversão
da ordem dos trabalhos, para que possamos, imediatamente, entrar na discussão
da Pauta Especial, em vista dos prazos, que estão definidos em lei. Após,
retornamos à ordem normal.
O SR. PRESIDENTE (Mauro Zacher): O Ver. Bernardino Vendruscolo está com a palavra.
O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Sr. Presidente, segunda-feira, eu estava inscrito em Pauta, e a Sessão
foi encerrada desnecessariamente. Eu até pedi a V. Exa., mas foi tarde. Em
razão disso, o PSD não dá acordo.
O SR. PRESIDENTE (Mauro Zacher): Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Engenheiro Comassetto, o
Requerimento de autoria do Ver. João Antonio Dib. (Pausa.) (Após a apuração
nominal.) REJEITADO por 09 votos SIM e 10 votos NÃO.
O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. JOÃO
ANTONIO DIB: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, meus senhores e
minhas senhoras, eu não vou entender esta Casa, e estou quase saindo daqui. Há,
na Lei Orgânica, um prazo determinado para apreciação da lei orçamentária. O
que pedi em nome da Comissão de Finanças? Que fosse antecipada, no espelho, a
discussão da Pauta Especial, porque nós temos prazo. Mas não, nós vamos fazer a
mesma coisa que fizemos quando votamos a Lei de Diretrizes Orçamentárias. Foi
votada no dia 10 de outubro, e deveria ser entregue à Prefeitura naquele dia!
Três Vereadores ficaram aqui até às 19h32min para assinar a redação final, a
Diretoria Legislativa ficou mais tempo ainda, e foi entregue ao Prefeito no dia
11. Só que, no dia 12, que era feriado, tinha de ser publicado no Diário
Oficial. Dia 12 era feriado, 13 era sábado, 14 era domingo, e, no dia 15, ele
entregou aqui a proposta orçamentária. E nós estamos reclamando que a Lei de
Diretrizes Orçamentárias não foi respeitada. Nós é que não nos autorrespeitamos
e votamos nos últimos minutos! E havia sido alertado, uma semana antes, que
precisava-se votar. E hoje não estou entendendo, honestamente, por que não
podemos antecipar e cumprir o nosso dever, a nossa obrigação de dar uma
proposta orçamentária à altura das necessidades da Cidade. É apenas isso que eu
preciso deixar registrado. Eu o faço com profunda tristeza, porque eu não gosto
de criticar, mas eu não posso concordar e não posso entender, e isso me torna
tudo mais difícil. Saúde e PAZ!
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Zacher): A Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Ver. Mauro Zacher, Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores. Ver. João Antonio
Dib, nós ficaremos aqui toda a tarde, cumpriremos a Ordem do Dia e a Pauta.
Estamos inscritos para discutir a Pauta e queremos que o Município escute este
Parlamento. Acho que é importante recuperar que a Lei de Diretrizes Orçamentárias
- o bom debate que nós fizemos aqui - é uma Lei que não está sancionada ainda.
Portanto, a Prefeitura de Porto Alegre já havia preparado o Orçamento quando
nós ainda estávamos no prazo de discussão da LDO e deveria estar atenta à nossa
discussão e incorporado o debate que aqui fizemos. Não o fez.
Ontem pela manhã, nós tivemos uma audiência pública
com muita participação da população de Porto Alegre. Especialmente as áreas da
Cultura e do Esporte estão muito mobilizadas. O que eu dizia na tribuna quando nós
fazíamos o debate - e a maioria desta Casa, de fato, indicou mudanças no
Orçamento para 2013, Ver. Brasinha - era real! Não é uma invenção da cabeça dos
Vereadores, uma demagogia que queiram fazer, mas há um movimento de quatro anos
que se faz ouvir nesta Casa, que se faz ouvir pela Tribuna Popular, pelas
audiências públicas, discutindo e problematizando o perfil do Orçamento de
2013. Portanto, para nós, o debate da Pauta é um debate muito importante, assim
como todos os debates desta Casa.
Entrando um pouco mais no tema do Orçamento, nós
tentamos receber explicações do Secretário Ilmo ontem. Por exemplo, de como uma
Secretaria como a Secretaria de Gestão – Secretaria-meio, Secretaria que de
coordenação de ações, que não tem projetos específicos para desenvolver lá na
ponta – de como essa Secretaria tem mais recursos percentualmente, 0,10% do
Orçamento a mais do que uma Secretaria de Esportes, por exemplo, que recebeu os
centros comunitários e tem que gerenciar piscinas comunitárias. Nós tivemos
ontem depoimentos dramáticos de que, por exemplo, no Ginásio Tesourinha, uma
população organizada de Porto Alegre vem fazendo a manutenção nas salas do
ginásio, onde estão tendo aulas, está ajudando e apoiando os professores.
Chegaram a afirmar ontem, na Audiência Pública, que não dá para a população
arrumar o telhado do Ginásio Tesourinha, tamanha a gravidade da falta de
recursos do esporte nesta cidade sede da Copa. Cidade sede da Copa!
Uma senhora, se não me engano do Ginásio do Cegeb,
afirmou que o grupo de idosos fizeram aula dentro d’água, por causa das
goteiras no ginásio público, que atende a população de Porto Alegre. Exemplos
que foram dados ontem pela manhã na Audiência Pública.
Na área da Cultura, foi registrado pela população o
fim da Cultura por aqui, que é a descentralização da Cultura, que mantém
miseráveis oficinas, pouquíssimas oficinas, na periferia da cidade de Porto
Alegre. Foram registrados acidentes de trabalho no Teatro Renascença e em outro
teatro público nosso, de barras de ferro – e o Ver. João Antonio Dib ouviu
muito bem e vai passar ao Governo Municipal –, acidentes por falta de
manutenção dos teatros públicos municipais de Porto Alegre, porque as receitas
da Cultura foram reduzidas de 2,5% para menos de 1%. Ontem foi registrado que
não há mais o cinema na periferia; foi registrada a brutal redução dos recursos
das festas populares; foi registrada a situação caótica do Centro de Eventos do
Carnaval, na Zona Norte, que estava na capa do Diário Gaúcho do dia de ontem
não só o vandalismo, mas a falta de manutenção.
Nós queremos que esse debate tenha consequências,
Ver. Dib; nós queremos que o Governo sancione as diretrizes e que adeque, no
processo de debate legislativo, os recursos para as áreas. Eu cito essas duas
por conta da participação de ontem, muito bonita, muito forte, e dando
depoimento da realidade. Então, essa adequação é muito importante, por isso que
é muito importante o debate que ora fazemos sobre a pauta e que faremos, Ver.
Dib, e a votação que teremos do Orçamento de 2013.
(Não revisado pela oradora.)
(O Ver. Carlos Todeschini assume a presidência dos
trabalhos.)
O SR.
PRESIDENTE (Carlos Todeschini): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para uma
Comunicação de Líder, pelo Governo.
O SR. JOÃO
ANTONIO DIB: Sr. Presidente, Ver. Carlos Todeschini; Sras. Vereadoras, Srs.
Vereadores, meus senhores, minhas senhoras, agora estou um pouco mais
tranquilo, pois a nobre e querida Ver.ª Sofia Cavedon acaba de dizer que eu
tinha razão. Ela não quer concordar comigo, mas foi o que ela disse, ali,
agora: que, enquanto um aluno fazia os seus deveres de casa, o outro não tinha
completado os seus deveres. Ou seja, o Executivo, ciente da sua
responsabilidade perante a Lei Orgânica, estava preparando a Proposta
Orçamentária porque o outro Poder, o Legislativo, não se manifestava. No dia 3
de outubro, eu havia solicitado que fosse votada a Lei de Diretrizes
Orçamentárias, que tinha 15 emendas - 7 da nobre Ver.ª Sofia Cavedon, 7 da
nobre Ver.ª Fernanda Melchionna e 1 do Ver. Beto Moesch -, solicitei ainda que
as emendas destacadas não fossem discutidas uma a uma, mas em bloco, porém não
consegui, e a Lei de Diretrizes foi votada no dia 10. E vou dizer de novo: dia
10 era uma quarta-feira, e no dia 11, quinta-feira, nós saímos daqui - o Ver. Nedel,
o Ver. Freitas e eu - às 19h32min, somente após assinar a Redação Final, para
que a Lei de Diretrizes fosse encaminhada ao Executivo e publicada no Diário
Oficial, para então passar a valer. A Ver.ª Sofia, que ontem compareceu, sim, à
Audiência Pública... Todos os Vereadores haviam sido convidados, mas poucos
compareceram: o Ver. Mauro Pinheiro esteve lá por alguns minutos, o Ver. Márcio
Bins Ely também esteve lá, a Ver.ª Sofia ficou e conseguiu fazer o seu
pronunciamento - um bom pronunciamento, sem nenhum problema -, e a população
também se manifestou, sem nenhum problema - e eu achei interessantes as
manifestações -, pois Audiência Pública - o nome está certo - serve para isto:
para ouvir o povo, não é para os Vereadores falarem, como acontece muitas vezes
aqui no Plenário. Mas como eu dizia, ontem, a Vereadora questionou alguma coisa
- está tudo certo, era para fazer isso mesmo, todos os Vereadores poderiam ter
feito isso - e os Vereadores da Comissão de Finanças se abstiveram, porque vão
analisar o processo.
Agora, no dia 10, quando assinamos a Redação Final,
às 19h32min, a Diretoria Legislativa ficou ainda ali para que se pudesse
formalizar o documento a ser encaminhado ao Prefeito para sanção, que deveria
ter sido sancionado no dia 10, prazo limite. Como nós mandamos depois das 20h,
não tinha como publicar no Diário Oficial e o Prefeito não estaria lá esperando
para sancionar a Lei. Então, nós não temos que reclamar, porque as emendas
colocadas na Lei de Diretrizes Orçamentárias não tinham como ser estudadas,
examinadas. Ontem mesmo o Secretário disse que elas serão examinadas e,
provavelmente, venha alguma Mensagem Retificativa. Agora, se nós não cumprimos
com o nosso dever... O Executivo cumpriu. E não digam que não foram alertados
da data: dia 11 era quinta-feira - vou dizer de novo; dia 12 era feriado
nacional – ou seja, a Prefeitura não abriu, não tinha Diário Oficial; 13 era
sábado, que também não tinha Diário Oficial; e 14 era domingo. E a Lei Orgânica
dizia que o Prefeito tinha que entregar a Proposta Orçamentária, aqui na Casa
do Povo de Porto Alegre, no dia 15, e ele cumpriu o seu dever. Nós é que não
cumprimos com o nosso dever, à altura do que determina a Lei Orgânica. Nós
tínhamos outras coisas para fazer.
Por isso, hoje eu fiquei entristecido quando
solicitei e não consegui que fosse antecipada a discussão da Pauta Especial,
para que nós pudéssemos cumprir os prazos, até porque a população pode
apresentar emendas ainda, até o último dia de Pauta. Nós ficamos contristados,
mas agora, depois da concordância da Ver.ª Sofia, eu estou realizado. Saúde e
PAZ!
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Carlos Todeschini): O Ver. Adeli Sell está com a palavra para uma
Comunicação de Líder, pela oposição.
O SR. ADELI
SELL: Minhas senhoras e meus senhores, nós estamos iniciando um processo de
discussão da Lei Orçamentária, e é preciso que todos estejamos atentos - os
Vereadores desta Casa, tanto os que se reelegeram, quanto aqueles que não
conquistaram a sua cadeira aqui no ano que vem -, porque o mundo não terminou
no dia 7 de outubro.
Eu quero chamar a atenção, Ver. João Dib, que, do
total de 2010 projetos e ações previstas no ano passado, ainda não foram
iniciadas, até o dia 23 de outubro, 98% delas. Ou seja, praticamente a metade
dos projetos e ações previstas para este ano não foi iniciada. Vou, aqui,
alertar sobre algumas questões da Lei de Diretrizes Orçamentárias, para que
possamos trabalhar esse tema. O investimento total previsto para 2012, na Lei
Orçamentária, era de R$ 817 milhões. Efetivamente aplicados até agora foram R$
283 milhões, ou seja, apenas 34% do que foi planejado. Imaginem as senhoras e
senhores que eu, professor, preciso dar um conteúdo de inglês, Ver. José
Freitas, para os meus alunos que estão no nível um, no básico, e eu prevejo
que, durante dois semestres, os alunos têm que aprender tais e tais questões,
ou pelo menos saber alguma coisa além do to
be or not to be, mas eu só consigo ensinar 34% das aulas básicas de inglês.
Como ficará, Ver. Waldir Canal, o aprendizado dos meus alunos de
inglês? Não dá nem para dizer que foi meia-boca, porque seria meia-boca se eu
tivesse dado a metade do conteúdo, mas eu dei apenas 1/3
terço dele - inclusive, isso, na nossa linguagem, não tem palavras, já que
fazer 50% chama-se meia-boca. Mas vou adiante. Para a SMOV - a famigerada SMOV,
tão debatida e às vezes tão escondida -, o previsto era de R$ 179,9 milhões, ou
seja, R$ 180 milhões liquidados - isso não quer dizer que não tenha dívidas,
talvez a Prefeitura até não seja boa pagadora -, mas apenas R$ 16 milhões, ou
seja, 9% do previsto, Ver. Cecchim, foi aplicado. Não é o caso de mudar a
titularidade da SMOV, que não consegue fazer 10% do que previu.
Imagina se V. Exa. e eu, que fomos Secretários da
SMIC, tivéssemos dado apenas 9% dos alvarás iniciados. Cortavam a nossa cabeça,
não? Se tivesse 100 queixas de bares que infernizam a vida da Cidade e a gente
só tivesse conseguido fechar nove deles, nós seríamos defenestrados,
publicamente, inclusive na imprensa.
Porque quando nós temos, por exemplo, uma balburdia
ali na Marechal Floriano, em razão de dois botequins - não, botequim é coisa
chique, dois muquifos -, e a SMAM não consegue resolver o problema... Mas eu
também acho que não é só um problema da Prefeitura, nesse caso específico que
eu dei, mas é também de ordem pública.
A história sobre isso é longa, mas eu quero trazer
mais um dado. Não sei se as empresas estão sustentando isso, mas estava
previsto R$ 44,5 milhões para obras na Rua Edvaldo Pereira Paiva e até agora
foram liquidados apenas 13%. Ou seja, essas são questões que não querem calar.
Como eu vejo, eu falo. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Carlos Todeschini): A Ver.ª Fernanda Melchionna está com a palavra para
uma Comunicação de Líder.
A SRA. FERNANDA
MELCHIONNA: Sr. Presidente, Ver. Carlos Todeschini; colegas Vereadores, colegas
Vereadoras, eu gostaria de também debater o Orçamento Municipal. Nós temos um
Orçamento com uma previsão de R$ 5,3 bilhões, e muitos dos projetos que não
foram executados nos últimos quatro anos, apesar da Previsão Orçamentária para
que eles pudessem ser realizados, mais uma vez aparecem. Então, a primeira
consideração abordada pelo nosso Líder, Ver. Pedro Ruas, na reunião de entrega
do Orçamento à Câmara Municipal, tem a ver justamente com essa prática
recorrente da Prefeitura de trabalhar com o Orçamento como uma Peça de ficção,
em que projetos importantes são arrolados e depois não são executados. Cito
apenas dois para que nós possamos fazer um debate real da nossa Cidade:
primeiro, a revitalização da orla do Guaíba. Nos últimos quatro anos em que eu
estou Vereadora nesta Casa, em nenhum deles foram executados recursos, e a orla
está sendo sucateada. Esse é um argumento, via de regra, para muitas vezes
colocar uma chantagem na população em relação à privatização dos espaços da
orla, como é o caso do Pontal do Estaleiro; nós sabemos que já tem novo projeto
sendo pleiteado pela especulação imobiliária; infelizmente, a Lei do Tarso
Genro, de 2002, permite, abre margem para essa privatização. Por isso, eu e o
Ver. Pedro Ruas entramos com a Lei que revoga a Lei nº 470, para devolver a
característica inicial ditada pelo Plano Diretor da nossa Cidade à orla do
Guaíba, que é para atividades de esporte, cultura e lazer.
Em segundo lugar, a questão da saúde da mulher. Nós
aprovamos, na LDO, uma Emenda que aprova um Centro de Referências a Mulheres
Vítimas da Violência. E apesar de em muitos anos constarem Projetos importantes
nesse sentido no Orçamento, a maioria não foi executada; dessas áreas, são
cortados recursos para pagar as prioridades do Governo, equivocadas, que,
muitas vezes, não são a maior parte das preocupações da população, sejam as
verbas milionárias em publicidade, seja o aumento exorbitante do número de CCs
ou o comprometimento de 1/5 do Orçamento com as obras da Copa, muitas não
discutidas com a população.
Fora a discussão sobre essa prática recorrente de
trabalhar com o Orçamento como uma peça de ficção, eu queria lamentar
profundamente que as Emendas Populares que estão previstas não são divulgadas.
Postei no meu Facebook para que a população tivesse conhecimento, e a maioria
das pessoas não sabem que podem fazer Emendas Populares ao Orçamento. Primeiro,
o cronograma é exíguo, até segunda-feira, dia 29 de outubro. O Orçamento tem
mais de 400 páginas, sendo que há muitas dificuldades de compreensão para quem
não é economista, uma vez que trabalha com receitas, com despesas, receitas
próprias do Município, receitas oriundas de verbas e financiamentos, como fundo
de transferência dos Municípios, enfim, que gera uma dificuldade à população
para conseguir realizar as Emendas Populares.
Mas o pior é a gravidade de não divulgar um dos
poucos instrumentos desta Casa para permitir que a cidadania possa se expressar
para além das eleições. Democracia não é apenas votar nas eleições nos anos
pares, mas é poder participar ativamente da política. E, nesse caso, os
Orçamentos, tendo esse resguardo de poder ter Emendas Populares, isso deveria
ser cada vez mais divulgado, e nós vemos uma tentativa clara de que não haja essa divulgação, de que não haja Emendas Populares.
Pior: em alguns anos, Ver. João Antonio Dib, apenas três Emendas Populares
foram protocoladas nesta Casa e derrotadas pelo Governo, que não aceita as
poucas Emendas Populares apresentadas pela população. Nós esperamos que essa
lógica mude para o Orçamento de 2013, que sejam respeitadas as Emendas votadas
na LDO: 2% para a Cultura, 1% para os Esportes, Ver.ª Sofia, as Emendas de
nossa autoria em relação ao Plano Municipal do Livro e da Leitura, em relação
ao combate à violência contra as mulheres, mas nós precisamos que mudem os
métodos da Prefeitura, para que consigamos que haja mudança nos resultados e
que, de fato, o Orçamento seja mais democrático e corresponda às necessidades
reais da população de Porto Alegre.
(Não revisado pela
oradora.)
(O Ver. Mauro Zacher
reassume a presidência dos trabalhos.)
O SR. PRESIDENTE (Mauro Zacher): O Ver. Dr.
Thiago Duarte está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. DR. THIAGO DUARTE: Ilustre
Presidente Mauro, ilustres colegas Vereadores, venho a esta tribuna no dia de
hoje para dar os parabéns à comunidade do Extremo-Sul, principalmente àquela
que se situa na Estrada do Varejão, Ruas Primavera, Combuim, Araçá e Hortênsias
do Varejão, e àquela que se situa na Estrada Otaviano José Pinto, Parada 21,
Ruas A, B e C. Após uma luta de mais de três anos em busca desse bem maior, que
é a questão da regularização da sua rede elétrica, ela pôde, a partir da semana
passada, ter acesso a esse bem que, efetivamente, melhora a qualidade de vida
daquela comunidade.
Começamos a
acompanhar esse processo lá no ano de 2009, quando aqui entramos, quando essa
comunidade ficou, por quatro dias, sem luz elétrica, fazendo com
que os moradores dessa rua acabassem tendo dificuldade até com a sua saúde; era
inverno, nós tínhamos pessoas que utilizavam nebulizador, que precisavam da
rede de luz para ter a sua geladeira funcionando para guardar a sua insulina;
nós temos mercados naquelas ruas, que acabaram perdendo os seus produtos, carne
e outros condimentos que precisam ser guardados sob refrigeração, e, por quatro
dias, tiveram a ausência da rede de luz por queima de um transformador.
Foi uma longa discussão, a Procuradoria-Geral do
Município e o Prefeito foram muito sensíveis nesse processo; o Prefeito deu a
anuência que a Lei exigia para que essa comunidade pudesse se beneficiar de uma
mudança de Lei Federal que possibilitou a rede provisória de luz e que hoje
passa a ser uma rede real de luz, e por isso tenho que dar os parabéns à
Companhia Estadual de Energia Elétrica - CEEE.
Nós, que, por vezes, fazemos muitas críticas,
principalmente sobre aquela região, e temos ainda muitas críticas a fazer,
efetivamente sobre essas duas comunidades, que englobam mais de 200 famílias,
temos que fazer este registro positivo.
Nesta semana começou a colocação dos primeiros
postes de luz naquela comunidade, e, sem dúvida nenhuma, toda a comunidade está
de parabéns por ter entendido o processo, por tê-lo acompanhado, por ter estado
firme ao longo de todo esse processo e, sem dúvida nenhuma, saiu vencedora ao
final de três anos. Quero também ressaltar todo o envolvimento das principais
associações de moradores daquela comunidade, principalmente da Associação de Moradores
do Lami, que, em todo esse processo, também foi incansável.
Então, eu acho que é um momento de júbilo, um
momento de profunda comemoração e que, sem dúvida nenhuma, fará com que haja
uma melhoria na qualidade de vida daquela comunidade. Quero, então, Presidente,
em nome do PDT e em nome dos colegas Vereadores, me solidarizar e efetivamente
congratular essa comunidade pelas conquistas recebidas. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
(A Ver.ª Fernanda Melchionna assume a presidência
dos trabalhos.)
A SRA.
PRESIDENTE (Fernanda Melchionna): O Ver. Idenir Cecchim está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. IDENIR
CECCHIM: Sra. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, eu, hoje, Ver.
Goulart, queria fazer uma pesquisa, mesmo que os telespectadores não vejam os
Vereadores, eu queria fazer uma pergunta: o senhor gostou do New Fiesta da
Ford? Gostou. Pois esse New Fiesta poderia estar sendo fabricado aqui em
Guaíba! Quais Vereadores gostam da BMW? Todos gostam da BMW. Pois a BMW vai ser
fabricada no nosso vizinho, no Estado de Santa Catarina! Santa Catarina está
recebendo a fábrica da BMW! Esse carro maravilhoso da Ford poderia estar sendo
fabricado aqui do ladinho, aqui em Guaíba. E nós poderíamos aproveitar o
catamarã para fazer uma visita à fábrica. Como seria bonito, não é? Levarmos os
nossos filhos, os nossos parentes que vêm do Interior ou as pessoas que vêm do
Exterior, botar no catamarã e dizer: “Vamos ver a fábrica mais moderna da Ford,
aqui do outro lado”. Não! Mas, se quisermos fazer isso, nós temos que pegar um
avião e levá-los para a Bahia! Levá-los para a Bahia, Ver. João Dib! Se nós
quisermos contar para os nossos amigos o que é que o Governador Colombo, de
Santa Catarina, fez para levar a fábrica da BMW para lá, é muito mais simples.
A gente diz: “Olha, não foi tanto o Governador de Santa Catarina que fez como
um ex-Governador do Rio Grande do Sul que fez”. É isso que lamentamos ter que
explicar para as pessoas que chegam ao Rio Grande do Sul, o nosso Rio Grande
que tem uma economia descendo um pouquinho a ladeira. E isso não é só culpa de
um último Governo, mas de um ciclo, que foi quebrado por uma quebra de
contrato! Hoje, a gente vê as manchetes, vê o sorriso dos catarinenses - e não
é para menos, tem que aplaudir mesmo o Estado de Santa Catarina, que, além de
um desenvolvimento integrado, equilibrado, do Interior, do Oeste, do Leste, do
Litoral, está conseguindo trazer os grandes investimentos; nós poderíamos estar
festejando aqui no Rio Grande do Sul, mas nós estamos festejando o Estado de
Santa Catarina, os nossos irmãos, os nossos amigos de
Santa Catarina -, mas dá uma tristeza quando nós vimos o Governador de Santa
Catarina sendo recebido pela Presidente Dilma junto com o Ministro da Fazenda,
com o Ministro da Indústria e Comércio, que virou desafeto do Estado do Rio
Grande do Sul, não sei por que, ou seja, quando vemos todos festejando pela
abertura de uma fábrica da BMW de um bilhão de dólares lá em Santa Catarina!
Isso é muito maior do que todos os investimentos colhidos no Rio Grande do Sul
nos últimos oito ou dez anos. É uma coisa impressionante! Mas que essas
façanhas sirvam de modelo a todos os governantes que vierem daqui a dois anos
para o Rio Grande do Sul, quais sejam, cumprir contrato; aprender como funciona
a economia mundial; e dizer que o Rio Grande do Sul está aberto, que os
investimentos serão bem-vindos e que para todos os investimentos que aqui
chegarem serão respeitados os seus contratos. Ou seja, que se exija que a
legislação estadual, que os incentivos estaduais sejam cumpridos, e que os
contratos sejam assinados, ou, pelo menos, que se faça entender aos
investidores internacionais que no Rio Grande a nuvem negra de quebra de
contrato já passou. Mas, pelo jeito, o mundo afora ainda não está acreditando
que dá para investir no Rio Grande quando certos parceiros estão governando.
Muito obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
(O Ver. Mauro Zacher
reassume a presidência dos trabalhos.)
O SR. PRESIDENTE (Mauro Zacher): O Ver. Elói
Guimarães está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. ELÓI
GUIMARÃES: Sr. Presidente, Ver. Mauro Zacher; Srs.
Vereadores, Sras. Vereadoras, gostaríamos de trazer, rapidamente, aos Anais da
Casa, alguns dados acerca das eleições, especialmente de parte do PTB, Partido
que tenho a honra de presidir. Quero, inicialmente, como tem sido feito
reiteradamente pelos senhores Vereadores, cumprimentar o Sr. Prefeito Municipal
José Fortunati pela votação expressiva que recebeu da cidade de Porto Alegre,
atingindo o percentual de 65%, o que entrega às mãos do Prefeito, também por
outro lado, uma responsabilidade muito grande, na medida em que tem a unção de
uma maioria quase qualificada do ponto de vista do percentual. De parte do PTB,
construímos uma nominata; evidentemente que, ao curso de um período, algumas
candidaturas que deveriam constar, por razões várias - e uma por fatalidade -
não puderam participar, mas tivemos um desempenho eleitoral significativo: o
PTB elege quatro candidatos a Vereador - Ver. Dr. Goulart, Cássio Trogildo,
Paulo Brum e Elisandro Sabino -; perdeu uma cadeira para o PT por dois mil e
poucos votos, mas, não fora essas defecções que tivemos, inclusive uma pela fatalidade, nós teríamos feito as cinco
cadeiras. De qualquer forma, nós, da base de sustentação do Governo do Prefeito
Fortunati, fomos o segundo Partido em votação: fizemos exatamente 86.568 votos,
num percentual de 11,48%. Portanto, é a segunda votação na base de apoio do
Prefeito Fortunati. E não tínhamos candidato. Todos sabemos que os Partidos que
têm candidato, automaticamente - é natural, é do processo -, têm a legenda, e
esta, como se pode observar, é sempre um dado importante porque ela é somada ao
número de votos que fazem os candidatos. Então, o desempenho do Partido
Trabalhista Brasileiro, quase chegando na quinta cadeira, não chegando por uma
diferença de 2.115 votos, não nos coloca uma segunda força eleitoral em Porto
Alegre - sem considerar uma série de aspectos, pois o tempo não permite aqui
examinar. Assim, fica aqui a nossa homenagem aos eleitos da Casa, aos que se
reelegeram, em especial ao Sr. Prefeito Municipal pela brilhante, esmagadora
votação, que representa exatamente a unção popular para que o Prefeito realize
uma grande administração na cidade de Porto Alegre.
Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Mauro Zacher – às 15h6min): Havendo quórum, passamos à
ORDEM DO DIA
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC. Nº 4043/11 – PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO Nº 236/11, de autoria do Ver. Idenir Cecchim, que estabelece possibilidade de
parcelamento de débitos de pessoas físicas ou jurídicas relativos ao Imposto
sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana – IPTU – e à Taxa de Coleta de
Lixo – TCL – no Município de Porto Alegre e dá outras providências.
Parecer:
-
da CCJ. Relator Ver. Bernardino Vendruscolo: pela inexistência de óbice
de natureza jurídica para a tramitação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia por força do art. 81 da
LOM em 06-08-12.
O SR. PRESIDENTE (Mauro Zacher): Em discussão o
PLL nº 236/11. (Pausa.)
O SR. JOÃO ANTONIO DIB (Requerimento): Sr.
Presidente, eu informo que o autor do PLL nº 236/11 queria pedir adiamento da
discussão do Projeto por cinco Sessões. Então, faço este pedido de adiamento
por cinco Sessões.
O SR. PRESIDENTE (Mauro Zacher): Ver. João
Antonio Dib, consulto V. Exa. se não poderia ser uma solicitação de retirada da
priorização, assim colocaríamos isso em votação. Pode ser?
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Pode, sem dúvida
alguma.
O
SR. PRESIDENTE (Mauro Zacher): Em votação o Requerimento, de autoria do Ver. João
Antonio Dib, que solicita a retirada do PLL nº 236/11 da priorização. (Pausa.)
Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 0547/12 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 010/12, de autoria do
Ver. Bernardino Vendruscolo, que
altera o inc. I do caput do art. 82 da Lei Complementar nº 7, de 7 de
dezembro de 1973 – que institui e disciplina os tributos de competência do
Município –, e alterações posteriores, estendendo até o 6º (sexto) dia útil de
janeiro do ano da competência o prazo para pagamento de impostos e taxa com
redução de 20 % (vinte por cento).
Parecer:
-
da CCJ. Relator Ver. Luiz Braz: pela inexistência de óbice de natureza
jurídica para a tramitação do Projeto.
Observações:
-
para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA - art.
82,
§
1º, I, da LOM;
- incluído na Ordem do Dia
por força do art. 81 da LOM em 20-06-12.
O
SR. PRESIDENTE (Mauro Zacher): Em discussão o PLCL nº 010/12. (Pausa.) O Ver.
Bernardino Vendruscolo está com a palavra para discutir o PLCL nº 010/12.
O
SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Sr. Presidente, Ver. Mauro Zacher; Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores; pois é, eu, agora há pouco, estava
brincando com os colegas, dizendo que, cada vez que trazemos a este Plenário,
para votação, projetos que dizem respeito a tributos do Município, a Casa fica
lotada de assessores. E a gente fica muito feliz, porque os Vereadores acabam
recebendo as informações que julgam importantes para votar.
Meus amigos, esta é a terceira vez que estamos
tentando mudar o vencimento do IPTU, pagamento em cota única, aqui em Porto
Alegre. A primeira vez, nós propusemos que o vencimento saísse do primeiro dia
útil de janeiro para o 15º dia útil. Não conseguimos, nosso projeto não foi
aprovado. A segunda vez, nós pleiteamos o dia 10 de janeiro, e o nosso Projeto
foi reprovado. Agora, estamos tentando trazer o vencimento para o 6º dia útil.
Eu vou explicar, meus amigos: hoje, quem busca pagar o IPTU com desconto de
20%, obrigatoriamente, deve fazê-lo até o primeiro dia útil de janeiro. Gente,
o primeiro dia útil de janeiro é depois do feriadão. Mesmo as pessoas que têm
recursos reservados para usufruírem desse benefício têm dificuldades. Os bancos
estão assim; as lotéricas estão assim – é o transtorno do retorno de um
feriadão. Mas o mais chocante, o mais grave de tudo é que muitos cidadãos
recebem seus salários e proventos lá no quinto dia útil!
Fala-se – e nós estamos esperando – que a Receita
do Município para este ano fique em torno R$ 5 bilhões. Desses R$ 5 bilhões,
aproximadamente R$ 1,5 bilhão vai ser de tributos. Desse R$ 1,5 bilhão, vamos
encontrar 42% de ISS, mais ou menos 15% de ITBI, 24 ou 25 ou 26% de IPTU. Ora,
se nós fizermos um cálculo rápido, nós teremos em torno de R$ 400 milhões de
Receita de IPTU. Normalmente – eu não tenho aqui números exatos, mas a gente
acompanha –, 50% dos contribuintes vêm pagando esse IPTU ainda no mês de
dezembro: os que se preparam para viajar, os mais precavidos, sabendo das
dificuldades do primeiro dia útil de janeiro.
Eu quero fazer um apelo aos Vereadores, porque
essas pessoas não vão deixar de pagar; essas pessoas vão permanecer pagando. O
que vai acontecer? Nós estaremos fazendo justiça, nós estaremos, com certeza –
por favor! –, aumentando a Receita do Município, se é que existe esse
interesse, e eu acredito que exista, pelo amor de Deus!
Não vamos nos enganar! Ficou provado agora, em
matéria publicada no jornal Zero Hora de segunda-feira ou de terça-feira, que
temos os valores de IPTU e de ITBI mais altos das capitais brasileiras – ITBI,
que é outro assunto. Então fica esse apelo.
Eu sei que o Ver. João Antonio Dib, há tempo,
comanda o outro lado, é o representante do Governo, e o Vereador sempre faz o
apelo no sentido de que devemos defender os cofres do Governo. Mas eu também
faço este apelo: que nós precisamos defender os cofres do Governo, precisamos
ter responsabilidade. Agora, até hoje, nunca nós recebemos algo que pudesse nos
convencer da impossibilidade de fazer essa alteração, só discurso. Só discurso.
Gente, nós estamos falando de uma Receita de R$ 5
bilhões, nós estamos falando de uma rubrica que, neste contexto todo, chega a
cerca de R$ 400 milhões. E já, costumeiramente, no mínimo, 50% dessa Receita
ocorre ainda dentro do mês de dezembro, por isso o nosso apelo. Eu não tenho
dúvida, felizmente me reelegi... Se hoje nós, Ver. Tarciso Flecha Negra, meu
prezado colega, demais Vereadores, não conseguirmos votar, os senhores vão
ouvir, enquanto eu estiver nesta Casa, este discurso anualmente, porque eu não
aceito, é impossível aceitar que um tributo vença no primeiro dia útil do ano!
Eu sei que o Ver. João Antonio Dib vai falar depois
de mim; vamos observar o seu esforço, porque é um homem muito esforçado e
conhecedor da cidade de Porto Alegre, um homem respeitadíssimo. Eu também o
respeito, mas não dá para dar acordo nessas condições somente com discursos. E,
mesmo que fosse, o Governo, por questões de humanidade, Ver. Pedro Ruas,
deveria dar um jeito. Não podemos dar uma condição especial, privilegiando
somente um grupo, por isso faço este apelo. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Zacher): Obrigado, Ver. Bernardino.
Eu queria saudar a presença do Vereador
recentemente eleito, aqui por Porto Alegre, Delegado Cleiton - seja muito
bem-vindo. Também saúdo o Ver. Marcio Souza, reeleito pelo PV, em Gravataí -
seja muito bem-vindo. E quero saudar o nosso ex-Vereador, querido amigo Ver.
Jacques Machado, o Jacão, que também está nos visitando na tarde hoje.
O Ver. Carlos Todeschini está com a palavra para
discutir o PLCL nº 010/12.
O SR. CARLOS
TODESCHINI: Sr. Presidente, Ver. Mauro Zacher; Srs. Vereadores; Ver. Bernardino, eu
não insisti para usar o seu aparte, porque optei por fazer aqui uma
manifestação de tempo integral - cinco minutos -, até porque, Ver. Bernardino,
este Projeto nós já apresentamos, em 2005, por um pedido de moradores, de
cidadãos de Porto Alegre que nos alertaram sobre essa dificuldade. O
assalariado comum, o assalariado celetista recebe até o quinto dia útil de cada
mês. A maior parte dos brasileiros não são funcionários públicos e não recebem
antecipadamente; são os celestistas, que devem ter o mesmo direito estendido
sem ter de recorrer ao cheque especial ou a financiamentos ou a empréstimos de
outra natureza para saldar os seus compromissos com o IPTU na cidade de Porto
Alegre. Eu não entendo por que tamanha resistência.
O Ver. Bernardino refaz um Projeto que nós já
havíamos feito – e eu não me incomodo com isso, porque é um Projeto em
benefício da comunidade –, que visa a facilitar, sim, a possibilidade de usar o
benefício do desconto dos 20%, mas esse pagamento poderá ser feito até o sexto
dia útil de janeiro, justamente pelas razões aludidas: porque os trabalhadores
vinculados à CLT e os aposentados recebem até o quinto dia útil de cada mês.
E eu não entendo os aludidos argumentos da Fazenda,
quando diz que vai ter muito prejuízo se deixar para arrecadar depois do último
ano, nesses cinco dias úteis próximos - são cinco dias de rendimento
financeiro. Não entendo que possa ser tão expressivo, tão significativo o
prejuízo ao público. Ao contrário, é a possibilidade de mais pessoas poderem
pagar antecipadamente com essa vantagem sem ter que enfrentar transtornos, sem
ter que enfrentar problemas e, ao mesmo tempo, sem ter que enfrentar as filas
intermináveis que nós verificamos sempre nos últimos dias de cada ano.
Por isso, Ver. Bernardino, o seu Projeto, que foi
nosso Projeto, merece ser aprovado. É bom que ele seja aprovado, é bom que o
Governo não vete, como já aconteceu em outras vezes. Por quê? Porque é um
Projeto de interesse público, é um Projeto que visa facilitar ao contribuinte o
pagamento dos tributos, e é sobre isso que nós estamos falando.
Por isso, Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras,
autoridades do Governo, Secretário da Fazenda e, fundamentalmente, aqueles que
nos assistem, este é um Projeto singelo, mas que tem muito mérito, porque ele
visa atender a vontade, em especial, do contribuinte, sem prejuízo
significativo para o Município, porque apenas estabelece uma data de pagamento,
em acordo com os percebimentos do trabalhador e do aposentado, até o sexto dia
útil de janeiro. O nosso Projeto era o quinto, depois o Ver. Bernardino fez um
Projeto para ser o décimo sexto, e agora ele altera para o sexto. É o terceiro
Projeto que o senhor apresenta.
Então, são quatro Projetos que andam na mesma
direção, e esperamos que o Executivo tenha sensibilidade, porque a
representação democrática, aqui, expressa a vontade de facilitar a
possibilidade dos pagamentos. É disso que se trata, esse é o conteúdo do
Projeto ora em debate. Nós esperamos aprová-lo e esperamos também que o Governo
Municipal aceite o Projeto, não fazendo o que fez, que foi vetar em outras oportunidades.
A preocupação é mais do que justa, ela é
importante, é cidadã, e visa, sobretudo, atender ao contribuinte trabalhador.
Muito obrigado pela atenção dos senhores, das
senhoras e dos telespectadores.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Zacher): Muito obrigado, Ver. Carlos Todeschini.
O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para
discutir o PLCL nº 010/12.
O SR. JOÃO
ANTONIO DIB: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras, meus senhores e
minhas senhoras, em primeiro lugar, eu quero cumprimentar o Ver. Bernardino
Vendruscolo pela sua persistência em cima daquilo que ele acredita. Isso é uma
coisa que falta para muita gente. Mas eu, na minha simplicidade, preciso fazer
a análise do que ocorre com o Projeto de Lei por ele proposto mais uma vez.
Eu vou deixar de lado que o ano é eleitoral, não
sei se poderia ou não. Vou deixar de lado o art. 113 da Lei Orgânica do
Município, onde consta que tem que haver temporalidade, dizer por quanto tempo
deve valer, vou deixar de lado.
A Prefeitura de Porto Alegre, em 15 dias do mês de
dezembro, arrecada menos do que no primeiro dia útil do mês de janeiro, ou
seja, de repente, pode equilibrar. Sempre é equilibrado, às vezes, pode ser um
maior do que o outro, mas com uma pequena diferença. Eu não entendo que, no
mesmo dia, uma quantidade imensa de cidadãos porto-alegrenses possam ir ao
banco e pagar, a não ser que as imobiliárias, que têm os carnês todos, paguem.
Então, eu acredito que seja isso. Agora, não se diga que o salário é pago até o
quinto dia útil do mês. É verdade, isso é uma verdade! Mas não é o salário que
faz que o pagamento seja antecipado, e sim o 13º salário que a população
utiliza no mês de dezembro, antecipa o pagamento e ganha 20%. Agora, vejam que,
depois do primeiro dia útil, até o dia 10 de fevereiro, há um desconto de 10%
na antecipação do pagamento. Quanta gente paga e leva os 10%? O mínimo, o
mínimo! Poucos porto-alegrenses dirigem-se aos bancos, ou à própria Prefeitura
para fazer o pagamento antecipado. E não há, neste País, nenhum rendimento que
dê 10% em 11 meses, nenhum, a não ser que haja muito risco; a poupança, não;
CDB, não; CDIs – não entendo dessas letras todas aí -, nenhum deles dá esse
rendimento de 10%. E até o dia 10 de fevereiro quase ninguém... Janeiro é um
dos meses que menos arrecada, seguido do mês de fevereiro. Em janeiro, a grande
importância da arrecadação é porque é o primeiro dia útil, mas, fora o primeiro
dia útil, é mínima a arrecadação. Fevereiro é o mês em que menos se arrecada.
Portanto, por mais que seja correta e boa a intenção do Ver. Bernardino, e não
seria de outra forma, eu só acho que nós devemos rejeitar o Projeto, até
porque, segundo os futebolistas, em time que está ganhando não se mexe. A
Prefeitura está indo bem, a execução orçamentária está correta, então é muito
bom que continue como está. Por isso, Ver. Bernardino, V. Exa. tem o meu
respeito pela dedicação que tem com esta Casa e com a Cidade, mas,
infelizmente, eu sou obrigado a me posicionar contrariamente ao Projeto de
Vossa Excelência. Mas, de qualquer forma, meus cumprimentos pela persistência.
Saúde e PAZ!
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Zacher): A Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra para
discutir o PLCL nº 010/12.
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Sr. Presidente, Ver. Mauro Zacher; senhores e senhoras, eu venho trazer
o meu apoio ao Projeto. Acho que o cidadão, na virada do ano, no final do ano,
tem muitos encargos. É verdade que a maioria dos trabalhadores tem o 13º
salário, mas nós sabemos que a virada do ano traz muitos encargos: contas a
pagar, taxas a pagar, inclusive muitas pessoas com empregadas domésticas,
funcionárias na sua casa para quem pagam o 13º, terço de férias, procurando
garantir dignidade para os trabalhadores. E, de fato, o pagamento do IPTU, nesse
prazo tão curto, Ver. Bernardino, penaliza muito o cidadão.
Eu vivi aqui vários debates, nós vivemos, aliás,
com a dificuldade de garantir o pagamento, por exemplo, de 900 mulheres que
trabalham na Prefeitura de Porto Alegre, para a Prefeitura de Porto Alegre, via
terceirização. Se considerarmos outras Secretarias, só na Educação, nós vamos
saber que eles recebem até o quinto dia útil, ninguém recebe no dia 30 do mês,
nem no dia primeiro, a não ser o funcionalismo público e outros setores.
A Prefeitura de Porto Alegre – também tenho a
acrescentar à argumentação do Ver. Todeschini –, tem uma capacidade de
postergar pagamentos; aliás, ela não realiza pagamento nenhum. Que eu me
lembre, no meu período de gestora, nos primeiros 15 dias do ano, todos os pagamentos
- as empresas que trabalham para a Prefeitura sabem, a não ser a sua folha e
compulsórios – de obras são feitos a partir do dia 15, até para fins de
fechamento de caixa, de balanço, de abertura de novas rubricas e etc.
Portanto, é um período, de fato, em que o recurso
vem, entra no caixa da Prefeitura e fica, penalizando e dificultando os
cidadãos.
Então, eu concordo com os argumentos já arrolados.
A possibilidade de a população pagar, integralmente e aproveitar o desconto vai
ser muito maior, com certeza, do que perder o desconto maior e parcelar.
Este tema do Orçamento da Prefeitura tem uma
delicadeza importante, porque é preciso haver um equilíbrio importante, mas é
bom a gente lembrar que, ontem, o Secretário Ilmo afirmou, reconheceu, que a projeção
dos investimentos não se realiza, que uma coisa é projetar os investimentos, e
outra é executá-los. Ele também reconheceu que, neste ano que está em
andamento, a Prefeitura está executando um pouco mais de 30% de quase R$ 1
bilhão projetado em investimento. E, vejam os senhores, o Secretário ontem
afirmava que esse recurso não é perdido, é um recurso que fica para o
desembolso das obras que serão feitas. Então, vocês imaginem, se a projeção não
é falsa, nós temos muitos recursos que sobram do final do ano para o ano
seguinte, porque, pelo comportamento da execução da Prefeitura, de quase R$ 1
bilhão, apenas 30 e poucos por cento realizados, sei lá, vão chegar a 40%, esse
recurso está no caixa da Prefeitura, e a Prefeitura não tem dificuldades na virada
do ano.
Portanto, Ver. Bernardino, é plausível o esforço
que V. Exa. faz. Eu votarei, assim, acredito, como a nossa Bancada, a favor
dessa extensão do prazo para o contribuinte que paga certinho o seu IPTU, que
mantém o seu terreno regularizado, para que ele possa aproveitar o desconto,
utilizando o salário de janeiro e não comprometendo o 13º ou receitas de fim de
ano que já estão comprometidas com outros gastos, que são grandes ao final do
ano. Acho que é uma sensibilidade desta Casa, e não há prejuízo para a
Prefeitura, pelos vários elementos que já ponderamos e pelo tanto que a
Prefeitura acaba não gastando do que ela projeta para investir. Não que a gente
deseje essa situação, acho que é algo a corrigir. A Prefeitura de Porto Alegre
deixa, por exemplo, de investir no Programa Integrado Entrada Cidade, e vou dar
um exemplo. Quando a Prefeitura não consegue executar, o problema se agrava.
Então, o Programa Integrado Entrada da Cidade, que era, inicialmente, supondo,
em torno de mil famílias, hoje tem, no mesmo espaço, quase duas mil famílias,
pelo atraso na execução de um programa com recursos do Fonplata, um programa
que hoje se torna quase que inoperante diante do tamanho do problema social que
temos na entrada da Cidade.
Então, não é o que se deseja, deseja-se a execução do Orçamento, competência para executar o Orçamento; portanto, investimento nos recursos humanos de realização de projetos, nas equipes, porque temos visto um esvaziamento. Mas, não havendo isso, nós sabemos que a Prefeitura tem muitos recursos e pode, sim, flexibilizar esse prazo para o pagamento do IPTU.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Zacher): O Ver. Bernardino Vendruscolo está com a palavra
para discutir o PLCL nº 010/12, por cedência de tempo do Ver. Tarciso Flecha
Negra.
O SR.
BERNARDINO VENDRUSCOLO: Sr. Presidente, Ver. Mauro Zacher; Sras. Vereadoras
e Srs. Vereadores, eu volto a dizer das minhas dificuldades quando debatemos
aqui, e, do outro lado desse debate, está o Ver. João Antonio Dib. Eu lhe tenho,
como tenho por todos os colegas, uma preocupação excessiva, Ver. João Antonio
Dib, pelo respeito que tenho pela sua pessoa, por tudo que aprendi com Vossa
Excelência. Eu lembro que, em 1982/1983, fui síndico de um condomínio de 992
apartamentos e V. Exa. era Prefeito, então a nossa relação vem de muito tempo.
Desde aquela época, Ver. João Antonio Dib, como dono de empresa imobiliária,
venho, nesses últimos trinta anos, trabalhando com imóveis, então falo aqui com
bastante propriedade. E vou lhe pedir que, fazendo essa defesa... nós não
podemos usar essa frase de que time que está ganhando não se muda, porque nós
não estamos fazendo uma disputa de esporte, nós estamos tentando fazer justiça
com um segmento da sociedade que tem dificuldade de também fazer jus a esse
desconto de 20%. Claro, podem aproveitar... quem não aproveita agora aproveita
os 10% lá em março. Mas não é assim; é que, na verdade, quem está ganhando – se
é que tem alguém ganhando, e aí vou lhe responder com certo cuidado – são
aqueles que estão financiando o pagamento de IPTU para as grandes imobiliárias.
V. Exa., Ver. Márcio Bins Ely, disse-me, há pouco, falando bem baixinho, “o teu
projeto é muito bom”; deveria também vir a esta tribuna para dizer que ele é
muito bom. Sabem por quê? Porque chegou a época em que precisamos assumir, com
bastante coragem, com determinação, aquilo que temos como convicção.
Muitos bancos, muitos grupos estão há anos ganhando
dinheiro antecipando valores de IPTU de imóveis alugados – isso precisa ser
dito. Esse time, sim, está ganhando, é o time que tem financiado valores de
IPTU para imóveis alugados. Esse time está ganhando, e ganha muito dinheiro
porque não há uma aplicação, neste País, que renda com segurança 20% ao ano.
Vou voltar a dizer duas coisas; se perdermos hoje,
no início do ano eu volto com este Projeto, e, como fiz em outras
oportunidades... porque muitas vezes andamos por aí, as pessoas se apresentam
como apoiadoras do nosso Projeto – não é o caso de V. Exa. – e depois, na hora
de votar, desaparecem. Nós vamos divulgar a planilha de votação, doa em quem
doer. “Não me queiram mal, que eu só sei querer bem.”
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Zacher): A Ver.ª Fernanda Melchionna está com a palavra para
discutir o PLCL n° 010/12.
A SRA.
FERNANDA MELCHIONNA: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores,
em primeiro lugar, gostaria de cumprimentar o Ver. Bernardino Vendruscolo pela
persistência em relação a este tema, o qual sempre recebeu apoio da nossa
Bancada. Quero aproveitar e criticar a resistência de um Projeto que o
Executivo tem todos os anos e que seria um resguardo, uma garantia de a
população ter mais prazo para poder quitar o seu IPTU com desconto, fato que
não é nenhuma inovação, porque já acontece em várias cidades da Região
Metropolitana de Porto Alegre.
Nós temos uma legislação extremamente complicada, tanto para a população quanto para aqueles que recebem o pagamento do IPTU - os meus colegas bancários - em relação à restrição de o IPTU ser recebido com desconto apenas se pago até o primeiro dia útil do mês. Então, gostaria de dizer que esse argumento de que os trabalhadores recebem o 13º
salário e que, portanto, poderiam quitar o IPTU é
extremamente contraditório com a situação em que vive o povo brasileiro, pois
boa parte da população usa o 13º para quitar dívidas antigas. Porque esse
modelo de desenvolvimento baseado no endividamento das famílias vem se
aprofundando no nosso País. Aliás, ainda com altíssimas taxas, seja no juro no
cartão de crédito, enfim, o juro no cheque especial, agora, com a redução da
taxa de juros, os banqueiros inventaram uma nova, que é aumentar as tarifas de
maneira exorbitante nos bancos do nosso País. Então, 13º salário muitas vezes
já está comprometido com dívidas anteriores, ao mesmo tempo em que o primeiro
dia útil do ano é extremamente atribulado: há pessoas que estão voltando para a
Capital porque foram passar o primeiro dia do ano com seus familiares. Além
disso, as filas são enormes, e a sobrecarga de trabalho dos colegas bancários
também é enorme. Portanto, este Projeto beneficiaria esses elos da cadeia.
Gostaria de dizer, ainda sobre o argumento do
Governo para ser recorrentemente contra o Projeto de ampliação do pagamento de
IPTU com desconto para o sexto dia útil, que o IPTU compõe uma das principais
receitas do Município. Esse é o argumento do Governo. E, de fato, Ver. Pedro
Ruas, o IPTU é o imposto que tem uma importância para o Orçamento municipal e
poderia ser muito maior se fosse progressivo, se atacassem aqueles que especulam
com os imóveis, aqueles que têm dez imóveis, muitas vezes desocupados,
esperando os imóveis se valorizarem enquanto tem quarenta mil porto-alegrenses
que não tem onde morar. Se tivesse uma lógica de taxar os que têm mais imóveis,
e desonerar os que têm menos, poderia inclusive ampliar a sua participação no
Orçamento, mas não é a lógica da Prefeitura. Ao contrário, a participação do
IPTU na composição do Orçamento municipal vem diminuindo ao longo dos anos.
Chegou a ser quase 9%; o Orçamento do ano que vem, que eu estava analisando
hoje no meu gabinete, é 6,8% apenas de arrecadação do IPTU. Então, o Governo,
se está preocupado em garantir uma boa arrecadação, deveria taxar os mais
ricos, os que especulam com direito a moradia, e garantir ao contribuinte um
prazo maior para pagar e a possibilidade de também garantir melhores condições
de trabalho para os trabalhadores bancários. Quero com isso trazer o meu apoio
e o apoio do Ver. Pedro Ruas ao Projeto do Ver. Bernardino Vendruscolo,
cumprimentando-o pela persistência, de fato, com que vem trazendo este tema ao
longo dos anos aqui na Câmara Municipal.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Zacher): Não há mais quem queira discutir. Em votação o PLCL nº 010/12. (Pausa.)
O Ver. Engenheiro Comassetto está com a palavra para encaminhar a votação do
PLCL nº 010/12.
O SR.
ENGENHEIRO COMASSETTO: Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras, Sr. Presidente e
sua assessoria, venho a essa tribuna, novamente, em função do Projeto
envolvendo parcelamento dos tributos, de autoria do Ver. Bernardino
Vendruscolo, porque nós já votamos favoravelmente a esse Projeto em outras
ocasiões. Então, é um tema recorrente aqui nesta Casa. Postergar alguns dias
para que os contribuintes possam pagar os seus impostos na virada do ano, tem
um conjunto de razões sociais. E pelo que sabemos não traz prejuízo à
arrecadação, pelo contrário. Inclusive, todos nós sabemos que o funcionalismo
público e os trabalhadores recebem até o 5º dia útil, então adequar esse
calendário, coincidindo o recebimento dos seus recursos e salários ao pagamento
de tributos, com descontos, como é sugerido, muitas vezes, pela política
municipal, para propiciar uma maior arrecadação na virada do ano, ou no início
do ano, faz parte do processo. E eu quero aqui cumprimentar o Ver. Bernardino
pela insistência que tem tido no tema, com a apresentação desse Projeto, que
diz (Lê.): “institui e disciplina os tributos de competência do Município –, e
alterações posteriores, estendendo até o 6º dia útil de janeiro do ano da
competência o prazo para pagamento de impostos e taxa com redução de 20 %
(vinte por cento).”
Então, Ver. João
Antonio Dib, nós já debatemos isso em outras ocasiões, e em outras ocasiões o
senhor foi contrário a este Projeto. Eu creio que, pela recorrência, nós
podemos hoje aprovar, porque isso já incidirá sobre uma nova gestão, que poderá
fazer uma nova programação, e poderá oferecer a todos os contribuintes uma nova
sistemática, para que paguem os seus tributos com desconto de 20%, mas que
fique adequado ao calendário, também, de recebimento dos salários dessas
pessoas, cidadãos que são contribuintes do Município. Portanto, o nosso voto
será favorável ao Projeto.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Sr.
Presidente, quantos votos são necessários para aprovar o Projeto?
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Zacher): Dezenove votos.
O SR.
BERNARDINO VENDRUSCOLO: E se nós não tivermos os 19 votos?
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Zacher): Estará rejeitado o Projeto.
O SR.
BERNARDINO VENDRUSCOLO: E, se eu não divulgar a planilha, dá para voltar o
painel? Será? (Pausa.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Zacher): Está fora do ar o painel, Ver. Bernardino.
Em votação nominal,
solicitada pelo Ver. Tarciso Flecha Negra, o PLCL nº 010/12 (Pausa.) (Após a
chamada nominal.) REJEITADO por 09
votos SIM, 14 votos NÃO e 01 ABSTENÇÃO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC. Nº 0485/12 – PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO Nº 031/12, de autoria do Ver. Nelcir Tessaro, que dispõe sobre solicitação e emissão de
Declaração Municipal das Condições Urbanísticas de Uso e Ocupação do Solo (DM).
Parecer:
-
da CCJ. Relator Ver. Elói Guimarães: pela existência de óbice de
natureza jurídica para a tramitação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia por força do art. 81 da
LOM em 22-10-12.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Zacher): Em discussão o PLL nº
031/12. (Pausa.)
O SR. TARCISO FLECHA NEGRA (Requerimento): Sr. Presidente, solicito que o PLL nº 031/12 seja retirado da
priorização.
O SR. PRESIDENTE (Mauro Zacher): Em votação o
Requerimento de autoria do Ver. Tarciso Flecha Negra. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram.
(Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO
GERAL E VOTAÇÃO
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC. Nº 0650/12 – PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO Nº 055/12, de autoria do Ver. Nelcir Tessaro, que cria, nos parques e nas praças do
Município de Porto Alegre, os Slackpoints, equipamentos públicos
destinados à prática de slackline.
Parecer:
-
da CCJ. Relator Ver. Mauro Pinheiro: pela inexistência de óbice de
natureza jurídica para a tramitação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia
por força do art. 81 da LOM em 22-10-12.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Zacher): Em discussão o PLL nº
055/12. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação.
(Pausa.) O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para encaminhar a votação
do PLL nº 055/12.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente, Srs.
Vereadores, Sras. Vereadoras, meus senhores e minhas senhoras, eu tenho
saudades dos dois primeiros anos em que eu estive nesta Câmara e que eu era
integrante da Comissão de Justiça. Naquele tempo, a Comissão de Constituição e
Justiça dizia pela tramitação ou pelo arquivamento, não mais do que isso -
agora, nós não tínhamos a Lei Orgânica tão abrangente quanto a atual.
A Procuradoria da
Casa, que é brilhante, diga-se de passagem, diz com toda tranquilidade (Lê.):
“Contudo, por força do disposto no art. 94 da Lei Orgânica do Município de
Porto Alegre, compete, privativamente, ao Chefe do Poder Executivo administrar
os bens municipais, preceitos que, salvo melhor juízo, resta afetado pelo
conteúdo normativo do Projeto de Lei em apreço.”
Ora, o Projeto do
Ver. Nelcir Tessaro pode ser bom, eu não discuto, até porque, dentro dos meus
parcos conhecimentos, eu não sei o que quer dizer slackpoints e slackline -
eu sei ler, porque estudei inglês quando estava no colégio, mas não sei o que é
-, agora, não se pode determinar que em 90 dias sejam colocados nos pontos em
que o Projeto define. Não pode, de forma nenhuma! Está escrito com todas as
letras na Lei Orgânica que compete privativamente ao Prefeito tomar essa medida.
Portanto, por mais que seja útil - confesso
novamente, meu inglês é muito curto para saber o que é slackpoints ou o que seja slackline
-, eu proponho que seja rejeitado o projeto de autoria do nobre Ver. Nelcir
Tessaro. Até porque só teve um Parecer, da Comissão de Constituição e Justiça,
dizendo que não havia óbice; tenho minhas dúvidas, pois ou a Lei Orgânica está
errada ou a Comissão de Constituição e Justiça está errada. De qualquer forma,
leio o Parecer da Procuradoria e jurei cumprir a Lei Orgânica, por isso voto e
encaminho contrariamente. Saúde e PAZ!
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. CARLOS TODESCHINI (Requerimento): Para auxiliar o autor, o Ver. Nelcir Tessaro, parece que, de
fato, há um problema de natureza constitucional, pois o Projeto carrega
expressões em língua estrangeira sem a devida tradução. Isso seria o fator
necessário para a motivação de uma emenda de redação. Então, requeiro que este
Projeto seja adiado por uma Sessão, para que o autor tenha a oportunidade de
fazer a correção da expressão.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr.
Presidente, a matéria estava em votação, não cabe mais emenda. Eu encaminhei
contrariamente.
O SR. PRESIDENTE (Mauro Zacher): Ver. João Antonio Dib, a emenda não é a questão. O que o
Vereador requer é o adiamento da votação.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Com
o adiamento eu estou de acordo.
O SR. PRESIDENTE (Mauro Zacher): Em votação o Requerimento de autoria do Ver. Carlos
Todeschini (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o
aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
A SRA. SOFIA CAVEDON (Requerimento): Requeiro
votarmos o PR n º 034/12.
Em
votação o Requerimento de autoria da Ver.ª Sofia Cavedon (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 1391/12 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 034/12, de autoria da Verª Sofia Cavedon,
que concede o Diploma Honra
ao Mérito ao senhor Luciano de Faria Brasil.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Luiz Braz: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto;
- da CECE. Relator
Ver. Tarciso Flecha Negra: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia
em 24-10-12.
O SR. PRESIDENTE (Mauro Zacher): Em votação o PR nº 034/12. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
O SR. PRESIDENTE (Mauro Zacher – às 15h59min): Encerrada a Ordem do Dia.
Passamos à
(05 oradores/10 minutos/com aparte)
2ª SESSÃO
PROC.
Nº 2272/12 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 043/12, que estima a receita e fixa a despesa do
Município de Porto Alegre para o exercício econômico-financeiro de 2013.
O SR. PRESIDENTE (Mauro Zacher): O Ver.
Bernardino Vendruscolo está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Sr.
Presidente; Srs. Vereadores e Sras.
Vereadoras; senhoras e senhores que nos assistem; na verdade, foi mera coincidência,
só para esclarecer às pessoas que nos assistem que não saiam desta Casa com uma
impressão equivocada. Quando disse que divulgaria a planilha de votação dos
nossos colegas Vereadores, minutos depois, aconteceu uma pane no painel. As
pessoas que nos assistem - das suas casas e daqui - podem imaginar que alguém
pudesse ter provocado essa pane. Então quero fazer a defesa da Casa, dizendo
que foi uma mera coincidência. Essas coisas acontecem, não como aconteceu lá em
Brasília com o seu Arruda. Aqui não tem isso. Então, eu me senti na obrigação
de fazer a defesa, porque nós, aqui, debatemos. Eu prometo que, no primeiro dia
útil de janeiro, Ver. João Antonio Dib, eu não poderei fazer, senão eu faria,
no mesmo dia do vencimento do IPTU, eu protocolaria a renovação desse Projeto
que foi derrotado aqui nesta Casa, mas não poderei fazer isso porque estaremos
em recesso, mas farei simbolicamente. Não posso lhe dar um aparte, Ver. Dib,
porque estou falando em Liderança. V. Exa., por decisão sua, particular, lamentável
para todos nós, não vai estar aqui, no ano que vem, para prosseguirmos este
debate, mas vai estar torcendo por mim, por nós, por aqueles que querem mudar o
vencimento do IPTU, eu tenho certeza disso. V. Exa, quando for escrever o livro
de memórias - e V. Exa. vai fazer isso, terá que fazer isso, porque Porto
Alegre espera isso -, vai dizer, com a cabeça fria, com o passar do tempo, vai
imaginar: “Aquele teimoso do Ver. Bernardino tinha razão.” Isso é assim. E o
que aconteceu com o painel foi uma mera coincidência. Só isso. Eu quero fazer
esta defesa porque nós aqui debatemos, mas temos obrigação com a Casa. A pane
no painel foi uma mera coincidência. Obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Mauro Zacher): O Ver. Adeli
Sell está com a palavra para discutir a Pauta Especial. (Pausa.) Ausente. A
Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra para discutir a Pauta Especial. (Pausa.)
Ausente. O Ver. Professor Garcia está com a palavra para discutir a Pauta
Especial. (Pausa.) Desiste. O Ver. Engenheiro Comassetto está com a palavra
para discutir a Pauta Especial.
O SR. ENGENHEIRO COMASSETTO: Sr.
Presidente, Ver. Mauro Zacher; colegas Vereadores, Vereadoras; senhoras e
senhores, voltamos hoje, aqui na Pauta Especial, para discutir a questão do
Orçamento do Município para o ano de 2013.
Eu vou repetir aqui o
que tenho falado, desta tribuna, sempre a respeito deste tema do debate do
Orçamento: primeiro, considero que este é o momento mais importante do
Legislativo Municipal, que é analisar todo o programa dos gastos públicos e dos
possíveis investimentos. E quando nós aprovamos um projeto no Orçamento, temos
que analisar o desempenho do atual Orçamento. O atual Orçamento do Município de
Porto Alegre propôs para o ano de 2012 um investimento de R$ 817 milhões.
Agora, perguntem
quanto foi realizado desse Orçamento até o devido momento. Foi realizado, até
este momento, 25 de outubro de 2012, 32% do Orçamento. Falta ser realizado
ainda 68% do Orçamento.
E aqui, Ver. João
Antonio Dib, não é mais um debate eleitoral. O debate eleitoral, o Prefeito
Fortunati venceu; agora temos que analisar a cidade real. Nós aprovamos, no
Orçamento para 2012, R$ 817 milhões de investimentos. Por que, até então, foi
realizado somente 32% do Orçamento?
Neste Orçamento
previsto, de 2012, que foi R$ 817 milhões, até o dia 23 de outubro, foram
aplicados R$ 283 milhões! Portanto, 34% do Orçamento. Aí o senhor vai me dizer
que já tem 54% empenhados. Nós todos sabemos que orçamento empenhado não é
orçamento realizado. E é esse o grande debate que nós precisamos
fazer a respeito da eficiência, da eficácia da Gestão em realizar obras. Aí nós
podemos perguntar o seguinte: “Bom, e os principais projetos da Cidade?”. E eu
poderia dizer aqui: sobre a duplicação da Av. Edvaldo Pereira Paiva, que é a
Av. Beira-Rio, para onde estão previstos R$ 44,5 milhões este ano, até outubro
foram realizados R$ 5,8 milhões, ou seja, somente 13% do previsto no Orçamento.
E para as obras de arte da 3ª Perimetral? A previsão para 2012 é de R$ 43
milhões. E a construção e pavimentação de vias, com previsão de R$ 27 milhões?
Até o momento foram aplicados R$ 5,9 milhões. E o BRT, o sistema de BRT, que
aprovamos aqui? Foram R$ 75 milhões para o ano de 2012. Sabem quanto foi
aplicado até então? R$ 3,9 milhões, 5%. Então, este é o debate que precisamos
fazer agora. No momento em que estamos propondo um Orçamento que tem mais, para
o próximo ano, 2013, de R$ 940 milhões para serem investidos na Cidade, isso
significa obras novas.
Então, o grande debate que nos remete aqui neste
momento é que – o final do ano vai chegar daqui a alguns dias... As manchetes e
os jornalistas que nos acompanham dizem o seguinte: “O caixa da Prefeitura está
no azul”. Mas é óbvio que vai ficar no azul se não conseguem realizar as obras
previstas! Será que a mobilidade urbana, por exemplo, está tão bem, que todas
as obras que eu citei aqui, com dinheiro previsto para ser investido, não são
feitas? A Secretaria Municipal do Transporte tinha previsão para gastar R$ 90,4
milhões neste ano de 2012. Sabem quanto foi aplicado até então? R$ 6 milhões,
6,6% do Orçamento. E do que trata a Secretaria Municipal do Transporte? Da
mobilidade urbana. Onde está o sistema da Onda Verde na Cidade, que foi
anunciado aqui há dois anos?
O papel da oposição qual é? Fiscalizar e
identificar os problemas e propor soluções. E eu já estou falando
aqui, porque, no Orçamento que estamos debatendo, nós vamos contribuir, sim,
com algumas propostas e alguns programas. E cito alguns deles aqui: nós
aprovamos o Plano Diretor de Acessibilidade para Porto Alegre. Todos nós
sabemos que a nossa Cidade necessita ser adequada à Lei da Acessibilidade, mas,
hoje, um cadeirante não consegue andar pelas ruas da Cidade. Hoje, um
deficiente visual não consegue andar pelas ruas da Cidade.
Então, nós precisamos
aplicar o Plano Diretor de Acessibilidade e, para isto, temos que ter dinheiro
destinado no Orçamento para o próximo ano.
Nós temos debatido o
sistema da mobilidade urbana. Já foi aprovado, e mostrei aqui na Sessão passada
que, no plano do investimento de 2009, foi destinado recurso para realizar
alguns projetos de duplicação viária na cidade de Porto Alegre, fora as obras
da Copa, que são bem-vindas. Mas não podemos ficar só nas obras da Copa. Eu
pergunto: onde que está a duplicação da Vicente Monteggia, que foi anunciada
ainda na campanha de 2008 como realizada? Onde que está a duplicação da Edgar
Pires de Castro? Onde está a duplicação da Oscar Pereira e Costa Gama? Onde que
está a duplicação do Acesso Norte do Porto Seco, para levar da freeway até o Porto Seco, para aquele
trânsito de caminhões que temos ali, que passam por dentro das comunidades e
que não conseguem ter a mobilidade necessária?
E este tema tem se
repetido. E quero registrar aqui aos meus colegas Vereadores e Vereadoras, aqui
nesta tribuna, fiz esse debate em 2006, em 2007, em 2008, em 2009, em 2010, em
2011 e, agora, em 2012. Portanto, nós precisamos – e, aqui, dialogando com o
Líder da situação – fazer um pacto, sim, para revisar, para analisar o Projeto
apresentado que aqui está, do Orçamento para 2013, que é um Orçamento com R$
940 milhões de investimento, portanto, um grande investimento, só que nós temos
que fazer com que ele se realize. E o nosso papel é analisar os Projetos,
discutir e propor soluções. Vamos apresentar Emendas, sim, mas não
Emendas para serem penduricalhos, mas são Emendas sob o ponto de vista da
análise estruturadora do Projeto.
No mínimo duas quero citar aqui, que estamos
analisando e queremos discutir, para que não seja uma Emenda de um Partido ou
de um Vereador, mas que possa ser desta Câmara de Vereadores: Plano Diretor de
Acessibilidade e a sua realização; e um Plano Diretor de Mobilidade Urbana, que
possamos contemplar essas vias, ou o Programa da Mobilidade Urbana, onde
possamos analisar essas vias e colocá-las num cronograma de tempo.
Já sabemos que, se não houver Projetos, não
conseguiremos captar os recursos necessários, e sabemos que precisamos de
muitos recursos para que a mobilidade urbana se torne uma realidade.
Essa é a contribuição que trago aos colegas aqui a
respeito da Lei Orçamentária, que inicia o seu trâmite nesta Casa.
E volto a dizer: o Orçamento é para ser realizado,
principalmente no que diz respeito a investimento. E o investimento de 2012
está em 34% realizado, e eu gostaria muito que chegasse ao final do ano com, no
mínimo, 70% a 80% realizado.
Um grande abraço e obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Fernanda Melchionna): O Ver. Professor Garcia está com a palavra para
discutir a Pauta Especial.
O SR. PROFESSOR
GARCIA: Sra. Presidente, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, sempre gosto de
discutir a Peça Orçamentária, porque entendo que é uma das principais funções
do Vereador, ou seja, o Vereador, dentro das suas funções de fiscalizar, ele
tem que estar por dentro do Orçamento, saber onde estão sendo investidos os
recursos dos munícipes de Porto Alegre.
Eu quero começar fazendo, primeiramente, uma
análise da conjuntura econômica para podermos entender o aumento que teremos de
2012 para 2013.
(Lê): ”A crise econômica que se iniciou nos Estados
Unidos ainda constitui o traço dominante da atual conjuntura, através de baixas
taxas de crescimento, redução do comércio internacional e desemprego.
A previsão projetada pelo FMI para o crescimento
global em 2013 é de 3,9%, com possível redução.
As últimas taxas de crescimento do PIB na Zona do
Euro indicam contração da economia por causa da Itália e Espanha e o baixo
crescimento da economia alemã refletiu na taxa de desemprego que alcançou 11,4%.
A economia do Japão e da China, embora positiva,
apresenta desaceleração.
A tendência de queda da atividade econômica nos
principais mercados levou a OMC a revisar de 3,7 para 2,5 a projeção do
crescimento do comércio global em 2012, em quadro econômico que mostra que a crise
vai perdurar também no ano de 2013.
Os países emergentes do BRICs encontram-se numa
situação melhor do que os Estados Unidos e Europa, embora não estejam imunes
aos efeitos da crise, pelo baixo fluxo de comércio e a retração dos
investimentos internacionais.
O Brasil destoa dos demais membros do grupo em
relação ao crescimento do produto cuja projeção para 2013, o Banco Central
reduziu para 1,6%.
Neste quadro e com a continuidade da política de
redução de juros, que reduziu a taxa Selic para 7,5% ao ano, menor nível dos
últimos anos. Somada à concessão de incentivos, provoca o reaquecimento da
economia, mas eleva a inflação, fixada em 4,5%, com 6,5% de teto, a taxa anual
do IPCA. E recentemente, as últimas projeções já nos dão conta que vai ser acima
de 4,5%.
A evolução recente do PIB/RS registra resultados
negativos, a partir do início de 2011, mantendo-se em 2012, a trajetória de
declínio sob a ótica das taxas trimestrais.
As exportações do Rio Grande do Sul, entre janeiro
e agosto de 2012, tiveram um decréscimo de 6,1%, comparando com igual período
de 2011. Em parte por causa da retração do mercado internacional, protecionismo
da Argentina e a perda de competitividade do calçado gaúcho.
O mercado de trabalho do Rio
Grande do Sul mantém-se bastante estável nos últimos 12 meses, e a taxa de
desemprego variou entre 6,4% e 7,8%. A arrecadação do ICMS do Rio Grande do Sul
obteve um crescimento nominal de 8,5% e real de 3,29% em relação a 2011. Para
alguns especialistas, a reação da arrecadação do ICMS deve-se à política
nacional de estímulo ao aumento do consumo, e o aumento do consumo está
vinculado ao poder aquisitivo maior da população brasileira de uma maneira
geral. A melhora de alguns indicadores não significa a retomada do crescimento,
pois as condições internacionais mostram um desafio a ser enfrentado.
Senhoras e senhores, após esse rápido relato da
conjuntura econômica em Porto Alegre, no Estado, no Brasil e no mundo, passo à
questão das receitas. No próximo ano, está previsto um orçamento de R$
5.342.356.000,00. E aqui quero falar das receitas próprias e das receitas de
transferências. Hoje, por exemplo, nós falamos do IPTU. O IPTU, dentro das
receitas, significa, das receitas próprias, 6,88%. A previsão de arrecadação,
para o próximo ano, é de R$ 367.767.000,00 Hoje foi colocado, aproximadamente,
R$ 400 milhões. Então, os dados batem com aquilo que foi colocado. O ISSQN,
13,32% com uma previsão de R$ 711 milhões. O ITBI, R$ 215 milhões; 4,08 em
percentual. O Imposto de Renda - que todos nós pagamos e que volta ao cofre
públicos -, R$ 166 milhões. Taxas de maneira geral, R$ 116 milhões. Aqui tem as
receitas de transferência: ICMS, R$ 675 milhões; IPVA, que são os veículos de
Porto Alegre, R$ 232 milhões de receita; Fundo de Participação dos Municípios -
grande parte dos mais 5 mil municípios do Brasil vivem somente desse tributo:
Porto Alegre 3,9%, R$ 210 milhões.
O Sr. João
Antonio Dib: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Nobre Ver. Garcia,
sobre o Fundo de Participação dos Municípios é importante que se diga que o
Governo Federal está fazendo isenção de IPI, bolsas - não sei quantas -, tudo
reduzindo o Fundo de Participação dos Municípios. Os Municípios é que pagam
toda aquela publicidade do Governo Federal.
O SR.
PROFESSOR GARCIA: Mais uma vez, Ver. João Dib, não existe almoço
grátis - como se diz na gíria -. alguém paga a conta.
Também na questão do Fundeb, que é sempre uma briga
da Ver.ª Sofia, estão previstos R$ 215 milhões para o próximo ano, 4,03%. Então
acreditamos que na Educação, mesmo com as dificuldades que possamos ter no
Ensino Fundamental, vamos ter um atendimento bem mais significativo com isso.
Como nós vamos ter ainda outras reuniões, vou
deixar as despesas para uma próxima oportunidade. E quero falar um pouco dos
principais investimentos financeiros que estão previstos. Por exemplo, em
termos de saneamento, vamos ter R$ 30.760.000,00 de saneamento previsto para o
ano de 2013 em Porto Alegre, e R$ 14 milhões com obras de contenções
específicas no Cavalhada - quero gizar isso: R$ 14.725.000,00 para contenção de
cheias no Arroio Cavalhada. Infraestrutura de drenagem, R$ 10 milhões. Por
exemplo, na área em que eu atuo, segmento esportivo, uma renúncia fiscal está
prevista para o Fumdesp, de R$ 4.036.000,00, para que os eventos esportivos
possam ser realizados.
Quero
falar da questão da SMOV, sobre as obras : na 3ª Perimetral, R$ 94 milhões; na
Av. Tronco, R$ 69 milhões; na Av. Beira Rio, R$ 63 milhões; na Rua Voluntários
da Pátria, R$ 50 milhões; Av. Severo Dullius, R$ 42 milhões; pavimentação das
vias de Porto Alegre, para recapeamento, R$ 21 milhões; complexo da Rodoviária,
R$ 16 milhões. Isso mostra que a SMOV continuará sendo o carro-chefe, em termos
de investimento em Porto Alegre.
Mas quero colocar aquilo que estará previsto na
área de Educação: no Ensino Infantil, R$ 32 milhões; e, no Ensino Fundamental,
R$ 14 milhões - em Porto Alegre.
Teriam outros investimentos para serem ainda
colocados, mas os farei amanhã, porque ainda teremos oportunidade.
Quero agradecer a compreensão dos colegas, mas eu
acho importante fazer este tipo de discussão do Orçamento, porque senão nós
vamos simplesmente votar, sem saber a sua composição, como ele se dá, e onde
estão previstos os principais orçamentos. Muito obrigado, Sr. Presidente.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Carlos Todeschini): A Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra para
discutir a Pauta Especial.
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Sr. Presidente, Ver. Carlos Todeschini; Ver.ª Fernanda Melchionna;
Vereadoras e Vereadores; cidadãs e cidadãos; eu quero voltar a comparar os
recursos que estão destinados a uma Secretaria e outra, porque números
absolutos, por si só, não têm como ser avaliados. Depois, eu quero comentar que
R$ 14 milhões para a Educação, o Ensino Fundamental, é muito pouco, Ver.
Professor Garcia.
Vejam bem, duas Secretarias, que são secretarias de coordenação, inclusive que poderiam ser, se Prefeita eu fosse, coordenações vinculadas ao Gabinete do Prefeito... A Secretaria Municipal de Coordenação Política e Governança Local detém 0,83% do Orçamento. A Governança Local, em Porto Alegre, detém 0,83% do Orçamento, o que equivale ao Orçamento da Cultura, na cidade de Porto Alegre.
A Governança. O que é a Governança? Simplificando,
é a mediação das relações da comunidade com os órgãos públicos, é solucionar
problemas. É assim que eu enxergo a Governança, porque, para coordenar o
Orçamento Participativo, tem lá o GAPLAN; para coordenar serviços e obras, tem
a Gestão, que é outro setor-meio da Prefeitura de Porto Alegre – Secretaria
Municipal de Gestão e Acompanhamento Estratégico –, Secretaria que poderia ser
uma assessoria especial do Prefeito, mas é uma Secretaria. Ela detém 0,50% das
receitas líquidas da Prefeitura, o que significa mais do que a Secretaria Municipal
de Esportes.
Então, essas são as escolhas inaceitáveis, na minha
avaliação, uma Vereadora de oposição que faz o Governo Municipal e reproduz no
próximo Orçamento, propõe no próximo Orçamento; faz uma escolha de que
secretários-meio, secretários todos empoderados fazem a mediação com a
sociedade e encaminham, sim, serviços e obras conforme o seu bel-prazer. Aqui,
nessas duas Secretarias, está a grande burla e o grande esvaziamento do
Orçamento Participativo: na Secretaria de Gestão e na Secretaria de Governança.
E elas têm – eu vou repetir –, no caso da Secretaria de Governança, R$ 44
milhões para operar e, no caso da Secretaria de Gestão e Acompanhamento
Estratégico, R$ 26 milhões. Vamos comparar, então, com a Cultura. A Secretaria
de Cultura tem R$ 47 milhões, é praticamente o Orçamento da Secretaria de
Governança, e a Secretaria de Governança não tem que coordenar espaços públicos
físicos, como é o Teatro Renascença, como são os nossos teatros municipais, o
Ateliê Livre, os espaços de secretaria, espaços de atendimento ao público, a
Usina do Gasômetro... A Usina está ali, com todo problema de decadência, com
todo problema de acidentes. Por que uma Secretaria de Governança, que tem
apenas papel de gestão, que não tem próprios públicos, não tem servidores
atendendo a população, uma política pública específica, tem o mesmo recurso que
ela? A Secretaria de Gestão, da mesma maneira. Comparo a Secretaria de Gestão,
que é só assessoria, só coordenação de projetos, com a Secretaria Municipal de
Esportes, que tem não sei
quantos Centros Comunitários – agora não estou com o dado aqui – e tem piscinas
comunitárias para gerir, piscinas, algo caro porque tem que fazer a sua
manutenção, tem que fazer a limpeza, há o pessoal para atendimento da gurizada.
A Secretaria de Gestão tem o mesmo... Aliás, a Secretaria de Gestão detém quase
R$ 27 milhões, comparada com a Secretaria de Esportes, Recreação e Lazer, que
tem R$ 21 milhões. Então, a Secretaria de Gestão tem R$ 26 milhões, Ver. Bosco,
Ver. Garcia, que são da área de Esportes, enquanto a Secretaria de Esportes tem
R$ 21 milhões, sendo que a Secretaria de Esportes tem inúmeras praças para
gerir, para cuidar, para manter. Estive na Bom Jesus esta semana, e a nova
praça, lá, construída pela Rossi, tem um professor; as professoras da Escola
Estadual Lea Rosa estão fazendo aulas. Parabéns! Ótimo! Essa praça, se não
tiver recursos da Secretaria de Esportes para mantê-la, daqui a alguns anos vai
estar na condição do Tesourinha, do Cegeb. E a opção de Governo feita aqui no Orçamento
é uma opção de investimento nas Secretarias-meio. Então, este é um debate de
que a sociedade tem que se apropriar, porque a população, quando toma uma
atitude como a que tomou ontem, de dizer: “Nós estamos colaborando, mas tem
limite a nossa colaboração para a manutenção de parques e praças, tem que haver
recursos públicos”. Ela está apontando essa escolha orçamentária, que só nós,
Vereadores, que estamos aqui no cotidiano, podemos compreender. Eu não consigo
entender como o Conselho do Orçamento Participativo não está aqui nesta Casa,
aqui nas galerias, denunciando essa inversão de prioridades – denunciando! –,
porque o Orçamento Participativo está acompanhando; os conselheiros do OP, os
delegados sabem do prejuízo da redução de recursos na Cultura e no Esporte, lá
na ponta. E as opções estão claras aqui. Sem falar, obviamente, das novas
Secretarias – Secretaria de Emprego, Secretaria dos Animais, Secretaria da
Copa, Secretaria Municipal de Acessibilidade, de Juventude –, que são: 010, 07,
016, 08, 018. São microssecretarias de acomodamento político, com estes
recursos que estão aqui, miseráveis, mas recursos que, certamente, foram
drenados de áreas como essas duas que estamos apontando, que tiveram
recursos reduzidos de forma abismal, as duas: Esporte e Cultura. Perderam para
as secretarias pequenas, que não conseguem responder à sociedade, porque elas
são pequenas, não têm investimentos, elas têm meia dúzia de Cargos
Comissionados e horas, e isso. E perderam para as Secretarias-meio que,
certamente, operam a política direcionada, a política marcada pela opção de
secretário, pela opção partidária, e não a política republicana das decisões
construídas junto com a população.
Então, volto a fazer essa análise global do
Orçamento, das opções de investimento e de gestão, de alocação de recursos. E,
especificamente, no tema educação e Fundeb, eu insistia com o Secretário Ilmo
na nossa Audiência Pública, Ver. Dib, nós vamos aumentar os recursos do Fundeb
para R$ 212 milhões, mas ainda estamos perdendo, pela projeção que a própria
Prefeitura faz, deixando no Fundo, portanto, recursos que o Município coloca no
Fundo e que não voltam para o Município, porque há quase cem creches
comunitárias, são 70 ou 80 creches comunitárias, cujas crianças não compõem o
censo, não estão no censo escolar. E essas creches comunitárias precisam de
auxilio do Município, elas não têm condições, recebendo menos recursos do que é
o custeio para a sua sobrevivência, de contratar um arquiteto para fazer a
planta da creche, que ela não tem condições para poder regularizar a creche.
Elas não têm condições de correr atrás do DEMHAB para regularizar o terreno,
que são todos os quesitos necessários para que as creches comunitárias sejam
incluídas no Fundeb. Há alguns anos - desde de a Secretária Marilu -, eu pauto
isso na Comissão de Educação. Que componham uma comissão intersecretarias,
resolvam o problema das creches, porque elas andam batendo de porta em porta,
num processo burocrático, e quem perde com isso somos nós. Este ano, a Prefeitura
de Porto Alegre perdeu, mais ou menos, R$ 27 milhões; no primeiro ano do
Fundeb, ela perdeu R$ 40 milhões. E, no ano de 2013, perderá R$ 13 milhões,
porque não auxilia, não apoia, não encaminha os problemas das creches
comunitárias, que prestam serviço precioso e recolhem recursos na comunidade
para atender crianças de zero a seis anos, que é responsabilidade
constitucional do Município de Porto Alegre.
(Não revisado pela oradora.)
A SRA.
PRESIDENTE (Fernanda Melchionna): Obrigada, Ver.ª Sofia Cavedon.
Quero registrar a presença de João Bosco Vaz,
Secretário da Copa e Vereador desta Casa.
O Ver. Carlos Todeschini está com a palavra para
discutir a Pauta Especial.
O SR. CARLOS
TODESCHINI: Sra. Presidente, Ver.ª Fernanda; Srs. Vereadores e demais pessoas que
nos assistem. Eu disse ontem que a Lei Orçamentária, Ver. João Dib, Líder do
Governo, na minha opinião, é a mais importante de qualquer Município, é a Lei
que trata dos recursos, dos investimentos, de tudo aquilo que vai acontecer e
que deve acontecer em qualquer órgão de Governo, em qualquer Secretaria, e nós
temos um Orçamento muito expressivo no Município de Porto Alegre. Discuti isso
muito durante a campanha, é uma pena que as pessoas não levem em conta a
seriedade, a responsabilidade que isso representa e as escolhas que se faz.
Porto Alegre tem um Orçamento para o ano que vem,
2013, de R$ 5,3 bilhões. É muito dinheiro! Se comparado aos últimos anos em
relação à Administração Popular, pelo menos nominalmente, em valores
atualizados, são pelo menos R$ 2 bilhões a mais. E nós identificamos um grau
aquém do previsto na execução tanto das obras como dos serviços, aqui no
Município de Porto Alegre, e isso não ocorre só neste ano ou no ano passado,
ocorre nos últimos oito anos pelo menos.
Aqui
eu faço questão de relatar algumas situações que são de um significado
extraordinário e que revelam os problemas que nós temos na Saúde, na
infraestrutura, na falta de saneamento, no programa verificado nas enchentes,
na falta de segurança. Vou relatar aqui a partir da consulta feita no final do
oitavo mês, portanto, no final de agosto, ao sistema de despesa orçamentária da
Secretaria da Fazenda, onde se constata que mais da metade dos projetos e
atividades previstas, ou seja, 116 projetos de atividades ainda não tinham
começado e apresentavam a execução zero, e, pior, alguns projetos constam há
três, quatro, cinco ou até mais anos, no Orçamento anual, a Lei Orçamentária
Anual – LOA -, e lá permanecem, informando sempre execução zero. Registraremos
alguns para exemplificar: obras contra as cheias da Cavalhada, quatro anos sem
serem executadas, e no ano, pelo menos, que eu lembro, foram duas enchentes, em
que as pessoas perderam absolutamente tudo, e são, pelo menos, 1.100 famílias
que deveriam ter sido reassentadas, e não foram, lá permanecem, vulneráveis à
enchente, perdendo tudo a cada enchente, e este ano foram duas vezes. Esse
Projeto deveria estar concluído, pelo menos, em 2006, 2007, porque, quando
estávamos na Direção do DMAE, e quando tínhamos a coordenação do Pisa, nós
gravamos 14 áreas a serem desapropriadas, e as casas deveriam já ter sido
construídas. Portanto, vejam aqui, pelo quarto ano seguido, são gravados
recursos para o reassentamento e para o sistema de proteção contra as cheias, e
até agora nada foi feito, o programa permanece na estaca zero. Essa é uma
situação gravíssima, inclusive porque esse Projeto é a questão do
reassentamento das famílias em risco de enchente no arroio Cavalhada, que foram
as que motivaram a elaboração do Projeto Integrado Socioambiental, é a parte
social do Projeto Integrado Socioambiental. Apenas algumas famílias foram
assentadas, ou pelo BarraShopping, ou pelo Bônus-Moradia, portanto, o Projeto
está em déficit.
Operação
entre as Polícias e relações institucionais. Pois bem, nós aqui apresentamos um
Projeto, ele foi aprovado, transformou-se em Lei, a Lei das AISPs, e, no dia 27
de fevereiro de 2008, foi sancionado pelo então Prefeito em exercício, no dia,
Eliseu Santos. A Lei foi publicada nesse dia 27 de fevereiro, no Diário
Oficial, e até agora nada foi feito. A execução dessa lei é zero, e a lei é
muito completa: ela empodera as comunidades, ela define as regiões por onde
devem se organizar as polícias, as forças de segurança, o Fórum Regional de
Segurança, o banco de dados, os programas para a juventude que sistematizam e
empoderam as comunidades. Ontem mesmo, eu fui convidado e participei, lá no 4º
Distrito, de um grupo que se mobiliza para implantar a lei das Áreas Integradas
em toda a Cidade. Já há movimentos na Lomba do Pinheiro, na Região Sul da
Cidade, em Belém Novo, na Restinga... Isso é o que existe de mais novo e de
mais avançado em termos de segurança. No entanto, a execução, até agora, nos
últimos quatro anos, também é zero: nada, nenhuma ação, nada foi feito.
Depois, nós temos a questão da revisão do plano de
carreira dos servidores, com zero de execução.
A nota fiscal eletrônica, que ajudaria muito, que
faz sucesso em São Paulo, em Curitiba em muitas outras cidades, aqui, nada. É
um sistema barato de ser implantado, parece-me que a Fazenda tentou fazê-lo
através da importação de sistemas em que se gastou uma fortuna e que não
produziram resultado nenhum até o momento. Inclusive há denúncias e
encaminhamento para a verificação de responsabilidade.
Na qualificação do sistema semafórico da Cidade,
nós estamos mais atrasados do que Viamão, do que Cachoeirinha, do que Gravataí.
Todas essas cidades têm um sistema semafórico pelo menos com temporizador; nós
não temos, é um sistema ainda arcaico, é o mais primitivo de todos, porque não
houve investimento nenhum.
O Projeto Saúde da Mulher existia, Porto Alegre já
foi referência; hoje está praticamente desmontado, reiniciando com atraso
também descomunal.
Sobre o Projeto de complementação da renda familiar
para as mulheres, é sabido o quanto isso é importante, o quanto isso é
necessário e o quanto isso contribui para a sustentabilidade, para a paz
social, para que as mães tenham mais tempo de ficar cuidando dos filhos quando
elas são provedoras do lar, mas a execução desse Programa também foi zero.
O Instituto Municipal de Estratégia da Família, até
agosto, também não tinha acontecido, Projeto que foi aprovado aqui em março do
ano passado; esse Projeto aprovado prevê dar conta com médicos para fazer
atendimento à atenção básica, e o que foi feito até agora? Praticamente nada! A
execução também é zero. E é por isso que nós temos as emergências superlotadas,
porque não tem atendimento primário! Porque as pessoas têm que ir às
emergências, ou do Hospital Conceição, ou do Pronto Socorro, ou do Hospital de
Clínicas, a qualquer momento em que a necessidade de tratamento médico se
apresentar. É por isso que a gente também entende - aqui é explicado o porquê -
a origem da crise da Saúde no Município.
Zoneamento Agroecológico Porto Alegre: nada!
Conservação de Áreas de Preservação Permanente, ao contrário, além de nada, o
impacto é muito negativo, porque a ocupação de áreas de risco nunca aumentou
tanto como nos últimos tempos. É só ir lá ao Morro da Cruz, no topo do morro,
por exemplo. As Áreas de Preservação Permanentes, as Áreas de Preservação
Ambiental, as áreas sujeitas a inundação, as áreas rarefeitas, aquilo que
deveriam ser áreas protegidas e cuidadas como se tinha num programa de áreas de
risco no passado, isso não tem mais. Desmonte também, a execução é zero.
O Programa Cadeira Certa, a Escola Acessível, que é
o transporte, a acessibilidade no transporte. A Água Certa é um programa que,
no nosso tempo, era um programa de controle de perdas que visava não só à
economia, mas também à preservação do recurso e do bem natural água. Execução:
zero! E o Projeto “Eco Parque”, para concluir, é ali onde teríamos a Usina da
Nutepa, próximo à Arena, ali na ponte da BR-488. Ali seria feita a queima de
parte dos resíduos da Cidade, com produção de energia. Também – oito anos – a
execução é zero!
Então, é isso que temos tido. A Cidade parece que não entende essas coisas, não consegue entender por que as coisas são tão mal e por que a Cidade está tão abandonada. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Fernanda Melchionna): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para
discutir a Pauta Especial.
O SR. JOÃO
ANTONIO DIB: Sra. Presidente, Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras, meus senhores e
minhas senhoras, na verdade, eu ouço com muita atenção os oradores e até
procuro aprender. Mas eu sou muito simples. O Orçamento é 100 - ou seja, são
100 pedaços, 100 partes. Esse Orçamento, por decisão constitucional, orgânica,
tem que respeitar determinados assuntos. Vamos pegar 100 partes, de onde
pegamos 25 para a Educação. Sistematicamente, o Município de Porto Alegre,
antes mesmo dos 16 anos, aplicava 20% na Saúde. Então já são 45 partes: 25 mais
20 é igual a 45.
E aqui está o trabalho dos Vereadores que me
antecederam, especialmente o Ver. Comassetto: 44% - eu direi que são 45 - para
pagamento de pessoal. Então, 45 com 45, dá 90. Sobram 10 partes para dividir, e
aí vêm todas essas reclamações, e emendas, e remendas para que se possa atender
os anseios, as ideias de Vereadores que, realmente, representam a população.
Agora, quando criticam de forma tão intensa o
Executivo Municipal, eles estão também criticando o povo de Porto Alegre. A
aprovação do Prefeito Fortunati na eleição foi de 65% dos votos, mas a
aprovação do Governo Fortunati antes da eleição era de quase 80%. Será que o
povo está tão errado assim que só vê coisas ruins? E o Ver. Comassetto diz que
a Vicente Monteggia, que não sai, está programada há muito tempo. Está,
realmente, e eu até não posso criticar muito, porque o Ministro que deveria
liberar os recursos para a Vicente Monteggia é do meu Partido. Nem posso
reclamar muito. Nós, do PP, já mandamos mensagem a ele para liberar isso aí.
Aí fala da Av. Edvaldo Pereira Paiva. Ora, é só
olhar ali, a ponte está em execução, uma boa parte já está pavimentada, não são
só 6% ou 7% como dizem ali! Nós temos que olhar as coisas com realidade.
Quando eu digo que, no dia 31 de agosto, 54% dos
investimentos já estavam empenhados é bom que se entenda que eram 54%, agora, o
fato de estar empenhado não manda fazer o pagamento da obra. A obra será feita
por partes e será paga por partes. É assim que se faz. Não é como comprar 100
livros em que eu pago pelos 100 livros e isso vai para a despesa imediatamente.
Se eu comprar 100 livros e me entregarem por parcelas - cinco, mais cinco, mais
dez, mais vinte -, só vou colocar como feita a despesa no momento em que me
entregarem todos eles e eu pagar por todos. E assim é a obra.
Temos
a obra da Rua Anita Garibaldi: já foram feitas prospecções, a autorização para
o início da obra já foi dada há bastante tempo, a obra está empenhada, mas nós
mesmos aqui impedimos que a obra fosse iniciada.
Quanto à obra da Rua Voluntários da Pátria, a
empresa que perdeu entrou na Justiça e já perdeu na Justiça também. Mas nós,
alguns dias antes da eleição, éramos aplaudidos, aqui, quando dizíamos aos
artistas que o local onde estava localizado o conjunto de artes cênicas deveria
ser mantido ali e que a Rua Voluntários da Pátria, se funcionou até agora,
poderia continuar funcionando da mesma forma.
Quanto à obra do Viaduto da Júlio de Castilhos, ela
já está sendo executada.
Então, nós esquecemos tudo isso daí, pensamos que a
população não está atenta com o que acontece.
Então, eu gostaria de dizer que, há 30 anos, eu propus
os semáforos atuados pelo trânsito, depois de mim veio o Prefeito Collares, que
ficou pouco tempo, mas o PT ficou na Prefeitura por 16 anos e não fez nada em
termos de semáforos atuados pelo trânsito. Agora eu tenho a satisfação de
passar pela Av. Carlos Gomes e encontrar semáforos atuados pelo trânsito; não
está em toda Cidade, está em andamento, não chegou a ser prometido, mas já está
em vários pontos da Cidade. Criticar da maneira como se critica aqui é dizer
que o povo não sabe o que está acontecendo na Cidade, que tudo é um caos. Não é
bem assim. Volto a dizer: Orçamento são 100 pedaços e esses pedaços já estão
distribuídos. Quando é falado que são gastos 44 % em pessoal, já está sendo
dito que o pessoal vai pedir mais reposição salarial, que anualmente é
concedida a todos servidores municipais, o IPCA. Mas como é fácil criticar ali,
fica registrada a nota distribuída aqui. Saúde e PAZ!
(Não revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTE (Fernanda Melchionna): Passamos à
PAUTA
- DISCUSSÃO PRELIMINAR
(05
oradores/05 minutos/com aparte)
1ª
SESSÃO
PROC.
Nº 2156/12 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 038/12, que estabelece incentivo para adequação e
conclusão de prédios inacabados no Centro Histórico, visando sua reinserção na
estrutura urbana da cidade.
PROC.
Nº 2227/12 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 040/12, de autoria da Mesa Diretora, que estabelece regras de normatização dos
padrões textuais da Câmara Municipal de Porto Alegre.
PROC.
Nº 2231/12 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 041/12, que inclui parágrafo único no art. 9º e
revoga o parágrafo único do art. 2º da Lei nº 11.292, de 5 de junho de 2012,
que declara como área de uso especial os logradouros públicos considerados
Túneis Verdes.
2ª
SESSÃO
PROC.
Nº 1449/12 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 109/12, de autoria do
Ver. Mauro Pinheiro, que
obriga à prestação de contrapartida a entidade privada que vise ao lucro em
suas atividades, em caso de uso de bem público mediante concessão ou permissão.
A SRA.
PRESIDENTE (Fernanda Melchionna): O Ver. Carlos Todeschini está com a palavra para
discutir a Pauta.
O
SR. CARLOS TODESCHINI: Sra. Presidente, Ver.ª Fernanda; venho à tribuna
apenas para fazer um registro dos Projetos que estão em Pauta no dia de hoje
para que não fiquem em branco. Há um Projeto de Resolução, o PR nº 040/12, de
autoria da Mesa Diretora, que estabelece regras de normatização dos padrões
textuais da Câmara Municipal de Vereadores. É um Projeto da nossa Diretoria
Legislativa, que tem que ser saudado, porque está Câmara terá - como modelo talvez
para as demais Câmaras e para os demais organismos governamentais do País -, a
atitude pioneira em adequar os textos, as novas regras pela normatização dos
padrões textuais para a redação de documentos oficiais. Portanto, quero fazer
esse registro; foi um trabalho muito importante da Diretoria Legislativa, do
nosso Diretor Luiz Afonso e demais componentes da equipe da sua Diretoria, que
fazem um trabalho brilhante.
Então, quero fazer este registro
porque esta será uma matéria que será decidida até o final do ano, vai ser
votada e vai ser referência para o Brasil em termos de normas textuais legais.
Fica aqui esse registro de
congratulações à nossa Diretoria Legislativa. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTE (Fernanda Melchionna): Obrigada, Ver. Todeschini. Tenho certeza de que V.
Exa. fala em nome de todos nós que acompanhamos esse trabalho da Diretoria
Legislativa e de todos os trabalhadores da Câmara que têm feito esse belo
trabalho em relação ao manual de produção textual.
Estão encerrados os trabalhos da
presente Sessão.
(Encerra-se a Sessão às 16h59min.)
* * * * *